Coluna Movimento Econômico

Pernambuco e o desafio da infraestrutura crítica

O avanço global das tecnologias traz oportunidades de negócios nesta área para o Nordeste

Com avanço do volume global de dados, os data centers viram oportunidade de negócioCom avanço do volume global de dados, os data centers viram oportunidade de negócio - Foto: Imagem de evertonpestana por

Nos últimos anos, as tecnologias voltadas ao armazenamento e distribuição de dados têm avançado no Brasil, mas no Nordeste os mais vultosos investimentos em infraestrutura crítica foram direcionados a praticamente um endereço: Fortaleza. A capital cearense tem pelo menos meia dúzia de Data Centers Tier III (do mais alto padrão) em operação e outros com investimentos anunciados para breve, como o da Angola Cables e uma segunda unidade da V-tal – a primeira foi inaugurada no ano passado.

Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), entre outros avanços tecnológicos, estão gerando cada vez mais dados. Por isso, os data centers se tornaram um grande negócio global. Big techs como Amazon e Facebook, por exemplo, precisam cada vez mais dessas estruturas para guardar seus dados e fazem isso em qualquer parte do mundo.
 
O Ceará passou a atrair data centers porque o estado dispõe de algo importante nestes tempos de digitalização da economia: os cabos submarinos. Fortaleza se tornou um hub de cabos que partem de diversas partes do mundo e se encontram na costa do Ceará.
 
No entanto, com o avanço global das tecnologias, as oportunidades de negócios nesta área têm chance de crescer bastante no Nordeste. A razão é que, como são grandes consumidores de energia, os data centers já não encontram muita aceitação na Europa, que enfrenta o desafio de obter energia para suas próprias necessidades.
 
Mas, se tem energia de sobra, tem data center de menos. O Brasil conta com 44 data centers de alto padrão, contra 1.800 nos EUA. O país só tem quatro cidades recebendo cabos submarinos (Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo), contra 54 cidades no país norte-americano.
 
João Pessoa, Salvador e Recife possuem data centers em menor escala, mas, brevemente a capital pernambucana será contemplada com mais um, o maior do gênero no estado. O projeto é da Um Telecom, que recentemente aprovou financiamento de R$ 43 milhões junto ao BNDES para a implantação da nova unidade no Parquetel, no Curado, com certificação completa Tier III – para designer da obra e infraestrutura.
 
A construção de mais um data center comercial em Pernambuco é algo fundamental para a descentralização da infraestrutura crítica no Nordeste, dando ao estado a chance de se reposicionar no mercado de dados.
 
O CEO da Um Telecom, Rui Gomes, lamenta que a discussão em torno da necessidade de infraestrutura crítica não esteja na pauta de governos e empresários locais. Ele acredita que a presença de outros data centers ajudaria a atrair cabos submarinos, criando um ecossistema capaz colocar Pernambuco como protagonista no mercado de dados regional, posição que hoje o Ceará ocupa com vantagem neste cenário da nova economia.
 
 
Eslovênia
 
O Deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) assumiu a presidência da Comissão Parlamentar de Amizade Brasil Eslovênia, a convite do cônsul em Pernambuco, Rainier Michel.
 
 
Marketing


Uma ação de marketing da multinacional Fricon em amistosos da seleção brasileira, na Inglaterra e na Espanha, que atingiu uma audiência de cerca de 15 milhões de espectadores, chamou a atenção de gigantes do futebol. Representantes do Palmeiras, Vasco e do Real Madrid entraram em contato com a empresa, que tem fábrica em Paulista, interessados em parceria para divulgar a marca em seus estádios.

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