Logo Folha de Pernambuco

Ceará

Trecho 11 da Transnordestina tem obras autorizadas no Ceará

Com a autorização do lote 11, as obras no trecho entre Pecém e Caucaia devem começar nas próximas semanas

Transnordestina do Ceará: obras avançam Transnordestina do Ceará: obras avançam  - Foto: Cley Roque / Marquise Infraestrutrua

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, autorizou nesta segunda-feira (27) o início das obras do trecho 11 da Transnordestina, que liga o Porto do Pecém ao município de Caucaia. Com 26 quilômetros de extensão, essa etapa é parte essencial da ferrovia, que se estende por 1.206 km ao longo de 53 municípios do Piauí e do Ceará. A expectativa é que o novo trecho gere 700 empregos diretos durante o período de construção, além de contribuir para o aumento da competitividade logística da região.

A ferrovia Transnordestina, em desenvolvimento desde 2006, é considerada uma das maiores iniciativas de infraestrutura do Nordeste, com o objetivo de conectar o Porto do Pecém, no Ceará, e o Porto de Suape, em Pernambuco, ao sertão do Piauí. A obra, financiada com recursos públicos e privados, recebe apoio da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Segundo a instituição, a iniciativa irá promover avanços na logística regional, beneficiando cadeias produtivas como as de grãos, fruticultura, calçados e indústrias diversas.

De acordo com o governador Elmano de Freitas, o novo lote fortalece o potencial do Porto do Pecém como hub de exportações e amplia as possibilidades de desenvolvimento econômico no estado. “Com a ferrovia conectando o Porto do Pecém, vamos reduzir custos logísticos e atrair novos investimentos. Isso é estratégico para o crescimento do Ceará e de todo o Nordeste”, afirmou o governador durante a solenidade de autorização das obras.

Ainda durante a assinatura, o governador anunciou que está sendo realizada licitação para adaptação e ampliação do Porto do Pecém. “No dia 6 abrimos as propostas da licitação para o investimento de mais de R$ 670 milhões no Porto do Pecém, para a Transnordestina e para o hidrogênio verde. Ou seja, estamos alterando profundamente a logística no Estado do Ceará”.

O diretor da Sudene, Heitor Freire, também destacou a relevância do projeto. “A Transnordestina é um marco para a integração econômica do Nordeste. Sua conclusão permitirá uma logística mais eficiente e competitiva, beneficiando tanto o mercado interno quanto as exportações”, pontuou.

Avanços em infraestrutura

Atualmente, mais de 50% da ferrovia está concluída, com previsão de entrega dos trechos prioritários até 2027. O foco principal é otimizar o escoamento de cargas como milho, soja, frutas e derivados da cadeia leiteira, que atualmente dependem majoritariamente do transporte rodoviário, mais caro e menos eficiente. A integração com os portos é vista como um diferencial estratégico para tornar o Nordeste um polo logístico competitivo.

“Hoje estamos com mais de 2.800 pessoas trabalhando na obra e com mais este lote vamos passar de 3.500 pessoas”. A afirmação é do diretor-presidente da Transnordestina, Tufi Daher. “Nunca teve uma perspectiva tão boa igual temos agora. Sempre digo que o mais fácil é fazer a obra. Se os recursos saírem nas datas previstas, temos uma grande chance de entregar no prazo previsto”, avaliou.

Próximos passos da Transnordestina

Com a autorização do lote 11, as obras no trecho entre Pecém e Caucaia devem começar nas próximas semanas. A expectativa é que o segmento seja finalizado até o final de 2026, contribuindo para avanços no cronograma geral da Transnordestina. Além disso, os trabalhos seguem em outros trechos da ferrovia, com investimentos adicionais previstos para os próximos anos.

O orçamento atual do projeto é de R$ 15 bilhões, dos quais R$ 7,1 bilhões já foram investidos. As obras da Transnordestina retomaram o ritmo em 2023, com a volta de investimentos federais. O empenho do governo é para que a entrega da Fase 1 da ferrovia ocorra até 2027 e até 2029, a Fase 2.

Leia também no Movimento Econômico:

Agenda cripto de Trump pode transformar o cenário financeiro global

Desafios e oportunidades na “Era de Ouro” da IA

Veja também

Newsletter