Coluna Movimento Econômico

Um plano para fazer a indústria parar de andar de lado

Em todo mundo a indústria vem tendo retração. E isso ocorre porque diversos países estão sofrendo com os efeitos das altas taxas de juros.

Plano do governo Lula pode dar novo impulso às indústriasPlano do governo Lula pode dar novo impulso às indústrias - Foto: GWM divulgação

Ontem o governo federal lançou um plano de ação bilionário e que se estande ao longo da próxima década, para ativar a produção industrial, que vem perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 

Segundo o IBGE, em 2022, a participação da indústria de transformação no PIB alcançou o patamar mais baixo dos últimos 70 anos, ficando em torno de 11%.  

Do mesmo modo, o bloco que agrega a indústria da construção civil, a extrativista e as voltadas a atividades de energia e saneamento, também teve redução histórica, descendo para 20% do PIB. 
A indústria é o setor que paga um salário bem acima da média - o que, por si só, já dá uma grande contribuição à economia de estados e municípios. O setor também responde por quase 70% de todas as exportações nacionais e arrecada quase 38% de todos tributos federais no país. 

Mas o que se diz no Brasil é que a indústria nacional tem andado de lado.  E vários fatores têm contribuído para o cenário de desaceleração da indústria, como a alta carga tributária e a deficiente infraestrutura nacional, que fazem com que os custos se mantenham elevados. 

A reforma tributária foi benéfica para os industriais e tende a reduzir seus custos com impostos nos próximos anos. Mas os rumos da economia - local e global - serão determinantes para que a recuperação ocorra de fato. 

Em todo mundo a indústria vem tendo retração. E isso ocorre porque diversos países estão sofrendo com os efeitos das altas taxas de juros, que provocam o encolhimento da economia. 
Com seu plano denominado 'Nova Indústria Brasil', o governo Lula faz mais uma tentativa de fortalecer e modernizar a indústria nacional para que ela volte a puxar o crescimento nacional. Em seus governos anteriores, ela também tentou. Umas coisas deram certo, outras não.

Desta vez, o plano conta com R$ 300 bilhões em recursos. O valor fica aquém do necessário. De acordo com um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ideal seria um investimento anual de R$ 456 bilhões na indústria de transformação, por um período de sete a 10 anos, para que fosse alcançado o mesmo patamar de produtividade registrado nos anos 1970.

BNB
Definitivamente, o ano de 2023 foi muito bom para o Banco do Nordeste.  Além da contratação recorde de R$ 38,79 bilhões pelo Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), o BNB acaba de atingir a marca histórica de R$ 13 bilhões em patrimônio líquido de fundos de investimento sob gestão. Isso representa crescimento de 44,9% no total de ativos geridos pelo banco, maior do que o alcançado pela própria indústria dos fundos de investimento, que foi de 11,5% no ano.

Açúcar
O açúcar ensacado está entre as principais mercadorias embarcadas no Porto de Suape em 2023. No ano passado, o atracadouro movimentou 211.349,15 toneladas do produto, o que equivale a um aumento de 38% em relação ao ano anterior (153.219,47). Ontem, o navio Neptune J, de bandeira de Palau, seguia sedo abastecido e deve zarpar com 23,2 mil toneladas. 

Leia mais no Movimento Econômico:

BNB alcança marca de R$13 bi em gestão de fundos de investimento

 

Veja também

Mosca do estábulo ataca os rebanhos em pelo menos 9 municípios de PE
AGRONEGÓCIO

Mosca do estábulo ataca os rebanhos em pelo menos 9 municípios de PE

Sudene reativa Coriff para gerir investimentos no NE
Coluna Movimento Econômico

Sudene reativa Coriff para gerir investimentos no Nordeste; leia coluna deste sábado (14)

Newsletter