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Dia das Mães

Movimento no mercado na reta final do Dia das Mães

Movimentação no comercio para os dias das mães, local Shoping Boa vista. Na foto: Bianca Elida, 21 anos, jovem aprendiz e sua filha Sara.Movimentação no comercio para os dias das mães, local Shoping Boa vista. Na foto: Bianca Elida, 21 anos, jovem aprendiz e sua filha Sara. - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Na reta final do Dia das Mães e com a aproximação da data, os consumidores pernambucanos correm contra o tempo para comprar algo para presentear suas mães. É nesta correria que os vendedores veem mais movimento e oportunidades para aquecer o mercado. Principalmente com a redução gradativa das medidas de restrição da pandemia de covid-19 e com o público consumidor voltando a circular com maior segurança nas ruas e, consequentemente, comprando e consumindo mais.

De 900 consumidores pernambucanos, 78,6% pretendem comemorar o Dia das Mães de alguma forma, como aponta o estudo sobre as intenções dos consumidores pernambucanos em relação ao Dia das Mães de 2022, divulgado pela Fecomércio-PE. A sondagem incluiu homens e mulheres, de 18 anos ou mais e renda familiar a partir de 1 salário mínimo; o foco foi nos principais pontos comerciais da Região Metropolitana, Agreste e Sertão do Estado.

A intenção de comemorar a data é um pouco menor entre as mulheres (77,7%) em comparação aos homens (79,7%). A proporção das pessoas que pretendem comemorar é menor entre o público de 60 anos ou mais (61,6%) quando comparada ao público de 18 a 29 anos (88,2%). Já sobre as classes de renda, o público com 5 a 10 salários mínimos com intenção de consumir na data chega a 83,9%.

Fred Leal, representante do varejo na capital pernambucana, lojistas do Centro e de bairros contam com as vendas físicas, virtuais, entregas e outras ações para animar os clientes. O Dia das Mães perde apenas para o Natal em termos de aquecer o varejo. “Diferente da Páscoa, que aquece alguns setores, o Dia das Mães movimenta o comércio como um todo”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife). Os segmentos mais impactados são o de beleza, calçados, confecções, eletrônicos, bijuterias, gastronomia e serviços.

Ainda segundo Fred, a expectativa da CDL Recife é de que o Dia das Mães de 2022 incremente em 7% os negócios do varejo da capital pernambucana em comparação ao mesmo período de 2021. Há otimismo entre o comércio e os estoques já foram reforçados com variados itens, para atender às diferentes demandas de cada consumidor. Estratégias como a possibilidade de compra on-line e atrair clientes próximos ao estabelecimento serão usadas.

Desejo de presentear

Mateus Brito, designer gráfico de 20 anos, está presenteando sua mãe pela primeira vez, pois só agora possui uma renda fixa. Com a alta das despesas, o seu orçamento vai ser de, no máximo, R$ 100 e o pagamento será feito pelo cartão de débito. Ele explica que comprou brincos para sua mãe no Shopping RioMar e que a compra foi realizada no meio do caminho entre algo legal e que cabe no orçamento. “Confesso que eu deveria ter feito uma pesquisa de preços, mas deixei tudo em cima da hora e não me planejei direito nesse sentido”, compartilhou.

64,7% das pessoas irão presentear alguém como forma de comemorar o Dia das Mães deste ano; a proporção fica em 60,2% entre mulheres e 69,7% entre homens. Jovens de 18 a 29 anos demonstram mais desejo de presentear, fazendo a taxa chegar a 74,7%. Com o avanço da idade, apenas 34,7% dos entrevistados com 60 anos ou mais demonstraram a intenção. Comparando as classes de renda familiar, aqueles com mais de 5 salários mínimos são os mais interessados (56,5%).

No Shopping Boa Vista, o movimento é percebido pelos lojistas e pode ser visto por quem visitar o local. As lojas que mais chamam atenção para quem quer presentear a mãe são as de roupas, perfumes, produtos de beleza, calçados, chocolates, entre outras. O shopping se torna um ponto atrativo para o público consumidor por reunir várias lojas em um lugar só, oferecendo uma gama maior de possíveis presentes.

A intenção de presentear está abaixo do que é esperado para a data quando se faz a comparação com os anos anteriores. A exemplo de 2019, quando cerca de 80% do público consumidor pretendia comemorar a data desta forma. A proporção de pessoas que pretendem comemorar indo a restaurantes e lanchonetes está em 17%. É um padrão abaixo do que foi visto nos anos anteriores à pandemia, quando esta proporção ficava em pelo menos 25% daquele público que comemoraria o Dia das Mães.

É o carinho pelas mães que traz o esforço de cada um para fazer um agrado nesta celebração. É o caso de Rita de Cássia, funcionária pública de 51 anos: “Hoje estou comprando o presente da minha mãe. Os preços estão um pouquinho salgados, né? Mas a gente aperta o bolso, porque mãe merece. Vou comprar para ela um hidratante, porque foi o que ela disse que queria. Meu orçamento está em até R$ 70”, disse.

Isso também acontece com a estudante de psicologia de 44 anos, Elaine Maria. Ela encontrou o presente perfeito para sua mãe, mas por um preço confortável para ela: “Comprei um perfume para minha mãe na O Boticário. Os preços estavam bons, encontrei uma colônia que ela iria gostar por um preço muito em conta”, contou.

Elaine maria,44 anos, estudante de psicologia.// Foto: Alexandre Aroeira

Já Bianca Élida, mãe de Sara e jovem aprendiz de 21 anos, foi ao Shopping Boa Vista para comprar o presente para sua sogra. “Têm alguns preços mais salgados que os outros, né? Têm coisas que estão boas e razoáveis, mas têm outras bem carinhas. Então a gente tem que parcelar bastante para comprar. Mas nessas datas, eu faço um esforcinho. Vou me apertar um pouquinho, porque o meu salário é de jovem aprendiz, então meu orçamento fica em parcelas de até R$ 100”, explicou.

Bianca Elida, 21 anos, jovem aprendiz e sua filha Sara. // Foto: Alexandre Aroeira

Enquanto isso, o número de pessoas que decidiram levar a comemoração para os serviços de alimentação fora do domicílio teve um aumento de 6% em 12 meses, até abril, na RMR. Mesmo com restrições menos rígidas em relação à pandemia, a maior parte do público deve fazer uma confraternização doméstica para comemorar a data, correspondendo a cerca de 55% dos consumidores.

Até o dia 26 de abril, 85,3% dos que pretendem presentear no Dia das Mães ainda não realizaram a compra dos presentes e demonstraram a intenção de deixar a ação para a semana que antecede a data. Na classe de renda domiciliar mais baixa presente na pesquisa (até 2 salários mínimos), o percentual chega a 91,1%. A média de presentes deve chegar a 2 itens por consumidor, principalmente nas classes de renda domiciliar acima de 3 salários mínimos.

Segundo Lemuel Augusto, gerente da Casa Pio no Shopping Boa Vista, o movimento já é percebido na loja nesta época. “As expectativas estão excelentes, muito  boas. A gente não está fazendo o comparativo de vendas com 2021, quando a gente não estava funcionando na totalidade por causa da pandemia. O comparativo está sendo feito em cima da perspectiva de 2019 e o crescimento está sendo bom. Todos os meses nós crescemos entre 30% e 40%. Só neste mês, já estamos com quase 60% em cima de 2019”, contou.

“O movimento está bem maior agora sem tantas restrições, ainda mais com o Dia das Mães. As pessoas estão saindo mais e comprando mais. Bolsas, cintos, carteiras, acessórios e calçados… tudo tem aqui e as pessoas estão vindo atrás”, conclui.

Movimentação no comercio para os dias das mães, local Shoping Boa vista. // Foto: Alexandre Aroeira

Já o gasto médio por presente será de R$ 165 (R$ 146 entre mulheres e R$ 186 entre homens). Pessoas mais jovens devem gastar em média R$ 175; o valor vai diminuindo conforme a idade avança, ficando em R$ 142 na faixa de 60 anos ou mais. O público com renda acima de 10 salários mínimos pretende gastar em média R$ 300 por presente; já o com até 2 salários mínimos pretende gastar, no máximo, R$ 90 por item. Já o gasto com serviços de alimentação foi estimado em R$ 172.

Comprando os presentes

Segundo a pesquisa, 49,1% pretendem realizar as compras com o cartão de crédito. Em seguida, vem a proporção de 30,8% para quem pagará com dinheiro, 16,3% para quem pretende pagar com o cartão de débito e 10,4% para quem usará o PIX. Quanto ao local de compra, 47,5% mostraram preferência por lojas de comércio.

Já os shoppings centers foram citados por 37,9% dos entrevistados. Pelo comércio eletrônico (sites, redes sociais ou aplicativos de market place), apenas 19,4% comprarão seus presentes. As roupas serão as opções de presente de 35% do público, seguidas dos perfumes e cosméticos (30,8%), os calçados (18,8%), as bolsas ou carteiras (9,4%), eletrodomésticos (9%) e jóias ou bijuterias (8,3%).

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