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SOLICITAÇÃO

MPF quer explicações da Meta sobre eventuais impactos de decisão de Zuckerberg no Brasil

Procuradores querem estimar possíveis repercussões de encerramento de fact-checking no Brasil

Todas as três redes sociais são administradas pela Meta de Mark Zuckerberg Todas as três redes sociais são administradas pela Meta de Mark Zuckerberg  - Foto: Reprodução/Meta

O Ministério Público Federal (MPF) vai oficiar a plataforma Meta — big tech que controla Facebook, Instagram e WhatsApp — para avaliar o impacto das novas regras de checagem de fatos e desinformação nos Estados Unidos anunciadas nesta terça-feira pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg.

Os procuradores querem que a empresa responda a questionamentos para que seja possível estimar um impacto de uma eventual aplicação dessas novas regras no Brasil.

O Globo apurou junto a integrantes do MPF que a decisão de oficiar a Meta tem como objetivo avaliar a compatibilidade de eventuais impactos das novas regras à luz do regime jurídico brasileiro.

Fundador e CEO da empresa, Zuckerberg anunciou medidas que mudam as regras da Meta para combater desinformação e ódio. O fim dos checadores independentes e a flexibilização nos filtros para retirada de postagens foram algumas das alterações. Zuckerberg havia indicado, no vídeo em que fez o anúncio, que iria “eliminar várias restrições em tópicos como imigração e gênero”.

Em vez de usar organizações de notícias e outros grupos independentes, a Meta, dona do Facebook, Instagram e Threads, confiará nos usuários para adicionar notas ou correções a postagens que possam conter informações falsas ou enganosas. É um sistema conhecido como Notas de Comunidade, já usado pelo X, rede social de Elon Musk.

"Vamos eliminar os fact-checkers (verificadores de conteúdo) para substituí-los por notas da comunidade semelhantes às do X (antigo Twitter), começando pelos Estados Unidos", escreveu nas redes sociais o fundador da empresa.

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