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Mumbai desbanca Pequim como a cidade com mais bilionários da Ásia, diz "Forbes chinesa"

País acrescentou novos 84 bilionários à lista dos mais ricos do mundo em 2024

MumbaiMumbai - Foto: Reprodução

Ao superar a própria capital Nova Delhi, Mumbai passou a ser considerada a capital financeira da Índia e destronou Pequim, a gigante chinesa. Os dados foram apresentados, nesta terça-feira (26), em um relatório da Hurun Report Inc, companhia sediada em Xangai e considerada a "Forbes chinesa". Com a entrada de novos 84 pessoas na lista das mais ricas do mundo em 2024, Mumbai se consagra como a cidade com maior número de bilionários da Ásia.

"Mumbai ultrapassou Pequim e tornou-se a cidade asiática dos multimilionários e a terceira cidade mais rica do mundo. A Índia acrescentou 84 bilionários, quase o dobro do número de bilionários do Reino Unido", de acordo com o Hurun Report Inc.

Assim, a metrópole indiana tornou-se a capital com o maior crescimento de bilionários no mundo, enquanto a capital do país estreou no top 10 da classificação.

À frente dos demais, Mukesh Ambani e sua família ocupam o título de 'pessoa mais rica da Ásia', com fortuna estimada em R$ 572 bilhões. Ele é o pai de Anant Ambani, jovem que ficou famoso na internet por festa de pré-casamento com show privativo de Rihanna.

Parte do sucesso recente de Ambani mora na fusão de seu conglomerado, Reliance Industries, com a Walt Disney, que somou 8,5 bilhões dólares e foi uma das transações mais importantes do ano. Com a negociação, a empresa indiana terá participação de 63%, enquanto a Disney ficou com 37%.

Nascido no Iêmen, Mukesh tem formação em engenharia química pela Universidade de Mumbai, além de um mestrado inconcluso em administração de empresas por Stanford. Em 1981, Mukesh integrou o quadro da empresa familiar Reliance Industries Limited (RIL), que foi fundada em 1966 por seu pai, enquanto fabricante têxtil.

Atualmente, a companhia é a maior produtora de petróleo e gás da Índia, com atuações em braços de tecnologia, têxtil, comunicação e varejo. A distribuição da empresa foi feita após a morte do patriarca, Dhirubhai, em 2002. Assim, o irmão de Mukesh passou a controlar empreendimentos de telecomunicações e digitais da Reliance, que se tornou a empresa mais valiosa do país.

Logo atrás dos Ambani, está a Gautam Adani, que com R$ 428 bilhões deixou de ser investigado por fraude pelo Supremo Tribunal da Índia, com a justificativa de crescimento a partir do sucesso de suas ações neste ano.

Os investimentos do "rei da infraestrutura", de 61 anos, variam desde minas de carvão e usinas de energia, até aeroportos. No entanto, o conglomerado de Adani teve um ano difícil em 2023, quando as ações do grupo registraram uma perda de mais de US$ 68 bilhões no valor de mercado, após um relatório da empresa de investimentos norte-americana Hindenburg Research alegar “manipulação descarada de ações e fraude contábil”.

Adani ocupava a lista de pessoas mais ricas do mundo até janeiro do ano passado, quando seu patrimônio pessoal diminuiu US$ 34 bilhões em apenas três dias, saindo do quarto lugar para o 11º na lista da Bloomberg.

O grupo afirmou que as acusações foram “mal intencionadas” e o caso foi judicializado. O Supremo Tribunal da Índia descartou as acusações contra o conglomerado de Adani, o que causou crescimentos à fortuna do bilionário.

Ainda que tenha sido impactado pela denúncia, o Grupo Adani anunciou um investimento de US$ 100 bilhões na transição de energia verde durante os próximos 10 anos. Também foi constatado um desempenho financeiro sólido e melhora no perfil de crédito no primeiro semestre do ano fiscal de 2024.

Apesar de ter 'perdido' 155 representantes em 2023, a China ainda é o país com o maior número de bilionários do mundo, com um total de 814, segundo o relatório divulgado por Hurun Report Inc. Logo atrás, estão os Estados Unidos, com cerca de 800 bilionários.

Já em escala global, os indicativos de Hurun, acumulados até 15 de janeiro de 2024, apontam que houve um aumento de 167 bilionários, com riqueza total acumulada em 9%, ou seja, 13,8 bilhões de euros.

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