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Musk ameaça preparar grupo de combate ao antissemitismo

Dono do ex-twitter já foi acusado de alimentar o discurso antissemita, incluindo ataques ao filantropo judeu George Soros

CEO do Twitter, Elon MuskCEO do Twitter, Elon Musk - Foto: Joel Saget / AFP

Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), disse que a plataforma está avaliando se processa a Liga Antidifamação (ADL) por acusações de antissemitismo, as quais responsabiliza pela queda nas receitas.

Na noite de segunda-feira (5), Musk acusou a organização judaica com sede nos Estados Unidos de apresentar queixas infundadas contra ele e a rede X que afugentaram os anunciantes.

“Para limpar o nome da nossa plataforma em matéria de antissemitismo, parece que não temos escolha a não ser abrir um processo por difamação contra a Liga Antidifamação... Oh, que ironia!”, escreveu Musk no X na segunda-feira.

“Com base no que ouvimos dos anunciantes, a ADL parece ser responsável pela maior parte da nossa perda de receita”, escreveu, acrescentando que o grupo “poderia ser responsável pela destruição de metade do valor da empresa, ou seja, cerca de 22 bilhões de dólares (R$ 108,6 bilhões na cotação atual)".

"Os anunciantes evitam a controvérsia, então tudo o que a ADL precisa para esmagar nossas receitas publicitárias nos Estados Unidos e na Europa é fazer acusações infundadas", escreveu ele em um longo fio que começou com um esclarecimento de que ele é a favor da liberdade de expressão, mas que é "contra qualquer tipo de antissemitismo".

Há anos, a ADL acusa essa rede social de amplificar o discurso de ódio antissemita. Em um relatório de 2016, o grupo disse que os ataques antissemitas contra jornalistas foram disparados no Twitter, "devido à retórica da campanha presidencial" naquele mesmo ano.

Musk já foi acusado de alimentar o discurso antissemita, incluindo ataques ao filantropo judeu George Soros.

Segundo a ADL e o Center for Countering Digital Hate (Centro de Combate ao Ódio Digital, em tradução livre), o discurso problemático e racista aumentou, consideravelmente, no X desde que Musk roubou o Twitter em outubro de 2022.

Desde então, o chefe da Tesla demitiu milhares de funcionários da plataforma, cortou moderação de conteúdo e restaurou a conta do ex-presidente Donald Trump.

No mês passado, Musk processou a CCHR, acusando-o de fazer uma campanha difamatória que prejudicava o relacionamento da rede social com os anunciantes.

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