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Musk faz enquete no Twitter para decidir se deixa de ser CEO, e 58% dizem "sim"

Até a manhã desta segunda (19), 17,5 milhões de pessoas haviam votado. Ao propor a votação, bilionário disse que respeitaria o resultado

Elon MuskElon Musk - Foto: OLIVIER DOULIERY / AFP

Usuários do Twitter votaram para que Elon Musk deixe o cargo de CEO da rede social em uma enquete proposta pelo próprio empresário. Por volta das 8h30 desta segunda-feira (19), 17,5 milhões de pessoas haviam votado e 58% delas haviam optado pelo "sim".

A enquete foi aberta por Musk na noite de domingo (18) e ele disse que respeitaria io resultado. Caso ele siga a promessa, será o fim de 53 dias caóticos que o bilionário ficou à frente do Twitter.

A gestão de Musk foi marcada por demissões em massa, fuga de anunciantes e censura a jornalistas.

Por enquanto, não há substituto claro no Twitter, com Musk acrescentando em postagens posteriores que “Ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo. Não há sucessor” e “e está no caminho certo para a falência desde maio”.

No Catar para assistir à final da Copa
Musk estava no Catar para assistir à final da Copa do Mundo entre Argentina e França e tuitou sua enquete após a conclusão do jogo. Durante a partida, ele comentou cada mudança no placar e comemorou o fim do embate ao dizer em seu perfil pessoal na rede que “não poderia pedir um jogo melhor”.

O príncipe saudita Alwaleed bin Talal Al Saud é o segundo maior investidor no Twitter depois de Musk, enquanto a Qatar Investment Authority investiu US$ 375 milhões na plataforma de mídia social.

As ações da Tesla subiram 4,8% no pré-mercado dos EUA nesta segunda-feira (19). As ações da montadora caíram 57% este ano em meio a preocupações de que a aquisição caótica do Twitter tenha tirado a atenção de Musk da montadora de carros elétricos que o levou a se tornar a pessoa mais rica do mundo - um título que ele perdeu na semana passada para o francês Bernard Arnault, dono da Louis Vouitton.

Após a aquisição do Twitter, Musk resistiu às críticas por suas mudanças radicais na rede social – como demitir mais da metade de sua equipe e trazer de volta contas anteriormente bloqueadas –, bem como pedidos para reorientar a Tesla, cujo preço das ações só vem despencando. Desde que relutantemente concluiu a aquisição do Twitter no fim de outubro, ele passou grande parte de seu tempo atuando na rede social.

Na quinta-feira (15), Musk protagonizou nova polêmica ao suspender as contas de vários jornalistas de importantes meios de comunicação, como Washington Post e CNN, alegando que eles estavam rastreando sua localização. Além disso, tirou do ar o Twitter Space, depois que jornalistas afetados pelo banimento abriram um fórum de discussão sobre a questão. A medida foi condenada por entidades como a American Civil Liberties Union e até mesmo pelas Nações Unidas, que a chamaram de “precedente perigoso”.

No fim de semana, o Twitter também anunciou e retirou uma mudança de política pela qual barraria contas “criadas exclusivamente” para promover redes sociais concorrentes. Essa decisão levou à suspensão de pelo menos uma conta proeminente, levando Musk a dizer que ajustará a política poucas horas após sua introdução.

 

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