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Na cúpula do G20, Índia pede reforma do Banco Mundial

Outras nações também pedem que o Banco Mundial aumente a concessão de empréstimos e amplie seu mandato para além da luta contra a pobreza

Cúpula do G20Cúpula do G20 - Foto: Manjunath KIRAN / AFP

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pediu nesta sexta-feira (24) uma reforma das organizações globais de crédito, como o Banco Mundial, em discurso no início de uma cúpula em seu país de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos países do G20.

As discussões em Bangalore deverão se concentrar nos efeitos devastadores da pandemia da covid-19 e na guerra na Ucrânia, mas também no alívio da dívida dos países pobres que enfrentam a inflação alimentar e energética.

"A confiança nas instituições financeiras internacionais diminuiu. Isso se deve em parte porque elas foram muito lentas para se reformarem", disse Modi em uma mensagem de vídeo na abertura da cúpula de dois dias.

“Precisamos trabalhar coletivamente para fortalecer os bancos multilaterais de desenvolvimento para enfrentar os desafios globais como a mudança climática e os altos níveis de dívida”, acrescentou.

Antes da cúpula, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que 15% dos países de baixa renda estão com dificuldades de pagamento e que até 45% correm alto risco de ficar na mesma situação.

As declarações se somam a outras vozes que pedem ao Banco Mundial para aumentar a concessão de empréstimos e ampliar seu mandato para além da luta contra a pobreza.

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse na quinta-feira na Índia que é "crucial que integrem o trabalho sobre os desafios globais em sua missão principal para manter o progresso nessas prioridades".

Essa pressão coincide com um período de transição na instituição depois que seu presidente David Malpass anunciou, neste mês, que deixará o cargo um ano antes.

O governo dos Estados Unidos propôs como seu sucessor o indiano-americano Ajay Banga, ex-CEO da Mastercard.

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