Na mira do governo e Congresso, juro do rotativo tem nova alta e chega a 445% ao ano
Fazenda está apoiando um PL no Congresso que busca limitar a taxa em 100% ao ano
O juro médio do cartão de crédito rotativo chegou a 445,69% ao ano, considerando o acumulado até julho de 2023. Os consumidores sentiram uma nova alta em relação a junho, quando a taxa média estava em 437%. Os dados do Banco Central foram atualizados na manhã desta segunda-feira (28).
Desde o início do ano, o Ministério da Fazenda vinha articulando com representantes dos bancos e entidades do setor financeiro alternativas para a taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo. Agora, a Fazenda está apoiando um projeto de lei no Congresso, que limitará o rotativo do cartão de crédito.
As conversas estão sendo direcionadas para uma taxa limitada em 100% ao ano, como ocorreu no passado recente com a modalidade do cheque especial.
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Isso valerá caso o setor bancário não apresente uma proposta em até 90 dias da publicação da lei. O Banco Central também está na negociação.
Campos Neto, presidente da instituição, já chegou a apresentar uma proposta preliminar no Senado, sobre a extinção do rotativo e um parcelamento automático com juros de 9% ao mês.
Segundo dados do Banco Central, em junho, os brasileiros tinham R$ 77,46 bilhões em dívidas no rotativo do cartão.
O número é o dobro de junho de 2021, quando as dívidas somavam R$ 38,48 bilhões. Esse é o saldo do rotativo, ou seja, o estoque da dívida. A inadimplência, no mesmo período, saltou de 27,65% para 49,05%.