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Economia

Na semana da reunião do Copom, mercado projeta inflação a 7,89%

Mercado espera nova elevação de 1 p.p. na Selic nesta semana e taxa deve alcançar o patamar de 13,25% para este ano. Dados constam no boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira

Banco Central do BrasilBanco Central do Brasil - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na semana em que o Copom se reúne para definir o novo patamar da taxabásica de juros, o mercado projetou nova aceleração da inflação, com o indicador batendo 7,89% ao fim de 2022, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central. Essa é a 16ª semana consecutiva de revisão para cima na expectativa da inflação.

A estimativa da Selic, que na semana passada era de 13,25%, permaneceu nesse patamar. Nessa semana, o Copom deve elevar a taxa básica de juros em um ponto percentual (p.p.), conforme já indicado na última reunião. Dessa forma, o indicador passará dos atuais 11,75% para 12,75%. A expectativa do mercado é de que o ciclo de alta dos juros esteja próximo do fim.

As projeções do mercado ainda mostram que a expectativa de crescimento do PIB variou de 0,65% para 0,70%, na quinta semana consecutiva de elevação. O câmbio previsto é de R$ 5, mesmo valor da última semana.

O boletim Focus não foi divulgado por três semanas, assim como outros relatórios do Banco Central, em função da greve dos servidores da instituição. Após uma pausa no movimento paredista, os servidores retomam asparalisações na terça-feira (2), primeiro dia da reunião do Copom, que divulga em 4 de maio a nova taxa básica de juros.

A inflação esperada pelo mercado é mais que o dobro da meta oficial definida pelo governo para esse ano, de 3,5%. Mesmo considerando o intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima ou para baixo, o número projetado agora ainda ficaria acima do teto, que seria de 5%, o que implicaria no descumprimento da meta pelo segundo ano consecutivo. Com a expectativa de inflação a 7,89%, o teto da meta é estourado em 2,89 p.p..

Esse movimento reflete a aceleração registrada no IPCA-15, divulgado pelo IBGE na última semana. A prévia da inflação de abril acelerou para 1,75%, a maior alta para um mês de abril desde 1995. O indicador foi puxado pelo aumento nos preços dos combustíveis e alimentos.

A aceleração da inflação neste ano vai respingar em 2023. A meta oficial da inflação para 2023 é e 3,25%, mas a projeção do mercado, de acordo com esta edição do boletim Focus, é de 4,10%, quarta elevação consecutiva da estimativa.

Com isso, a expectativa da Selic foi revista e subiu de 9% para 9,25%.  Em relação ao PIB, a expetativa se manteve em crescimento de 1%. Há quatro semanas, a expectativa era de 1,30%. Já o câmbio variou de R$ 5,00 para R$ 5,04.

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