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Banco Central

Não existe "qualquer discussão" no governo para rever autonomia do Banco Central, diz ministro

A expectativa do mercado é que a taxa Selic, em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, se mantenha neste patamar até o fim deste ano

Alexandre Padilha comandou o Ministério da Saúde no governo de Dilma RoussefAlexandre Padilha comandou o Ministério da Saúde no governo de Dilma Roussef - Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou nesta quarta-feira (8) que não existe por parte do governo nenhuma discussão sobre a mudança na autonomia do Banco Central. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas ao BC e a seu presidente, Roberto Campos Neto. Nessa terça-feira (7), afirmou que o BC é o responsável pela alta taxa de juros no país e que o Senado Federal pode trocar a presidência do banco.

— Não existe qualquer discussão dentro do governo sobre mudança da lei do Banco Central, existe sim uma vontade de que aquilo que estão nos objetivos do Banco central sejam cada vez mais perseguidos por todos. Fomentar o pleno emprego, suavizar qualquer flutuação econômica, garantir estabilidade econômica — disse Padilha, após reunião com a base aliada.

A expectativa do mercado é que a taxa Selic, em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, se mantenha neste patamar até o fim deste ano.

Nessa segunda-feira (5), durante cerimônia de posse de Aloízio Mercadante como presidente do BNDES, Lula afirmou que não havia uma justificativa para a atual taxa de juros e cobrou um posicionamento da classe empresarial. Lula chegou a afirmar que, no seu mandato, poderia rever o atual modelo de autonomia do Banco Central, classificado como “uma bobagem” pelo presidente.

Nesta terça-feira, o petista voltou a criticar a independência do BC e afirmou que as pessoas que acreditavam que isso ia mudar “alguma coisa no Brasil” precisam “ficar de olho se vale a pena ou não”.

— Eu acho que as pessoas que acreditavam que a independência do Banco Central ia ,mudar alguma coisa no Brasil, que os juros ia ser menor, as pessoas que tomaram essa posição é que tem que ficar olhando se valeu a pena ou não.

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