PECUÁRIA

Newcastle: setor avícola do RS pede ações restritivas só no raio de 10 km do foco

Ministério da Agricultura suspendeu de forma preventiva a exportação de produtos avícolas para 44 países

Newcastle: setor avícola do RS pede ações restritivas só no raio de 10 km do focoNewcastle: setor avícola do RS pede ações restritivas só no raio de 10 km do foco - Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS), em conjunto com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul (Sipargs), solicitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a suspensão imediata das restrições às exportações das empresas avícolas do Estado.

A medida foi tomada após a detecção de um caso de doença de Newcastle em uma propriedade no município de Anta Gorda.

Na nota, a O.A.RS também solicita que sejam consideradas medidas restritivas apenas dentro de um raio de 10 quilômetros do caso identificado em Anta Gorda.

Após a confirmação do caso, o Ministério da Agricultura suspendeu de forma preventiva a exportação de produtos avícolas para 44 países. As medidas, no entanto, variam sobre a área de autoembargo e aos produtos, a depender do país.

As decisões mais restritivas envolvem a suspensão da exportações de todo o Brasil para a China, Argentina, Peru e México, incluindo carne de aves, carnes frescas de aves e seus derivados, ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opoterápicos, preparados de carne, produtos não tratados derivados de sangue.

Na nota técnica, as organizações avícolas pedem que a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), o ministério e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) interajam para retomar as exportações e que a ABPA continue atuando de maneira proativa na defesa do setor avícola brasileiro, negociando com os países importadores.

A nota também solicita a emissão ágil de Certificados Sanitários Internacionais assim que as exportações forem retomadas e reforço das relações diplomáticas e mercadológicas pelo governo federal, governo do Estado, ABPA e setor avícola gaúcho, reafirmando o compromisso com a sanidade, biosseguridade e qualidade dos produtos avícolas brasileiros.

O foco da doença newcastle, confirmado em 17 de julho pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), levou à imediata interdição do estabelecimento, eliminação das aves e aplicação de rigorosos protocolos de biosseguridade e desinfecção do aviário.

Dois dias depois, declarou estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul por 90 dias, intensificando a vigilância epidemiológica e suspendendo temporariamente as exportações.

A nota técnica destaca que, além do caso em Anta Gorda, outros três casos suspeitos da doença de Newcastle foram investigados e apresentaram resultados negativos.

Nos primeiros seis meses do ano, o Rio Grande do Sul exportou 354 mil toneladas, com receita de US$ 630 milhões. Essas exportações representaram 13,82% dos US$ 4,55 bilhões gerados pelo País e 14,1% das 2,52 milhões de toneladas exportadas pelo Brasil no mesmo período.

Os principais destinos da carne de frango gaúcha foram os Emirados Árabes Unidos (48 mil toneladas - US$ 94 milhões), Arábia Saudita (39 mil toneladas - US$ 77 milhões), China (32 mil toneladas - US$ 52 milhões) e Japão (20 mil toneladas - US$ 43 milhões).


 

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