No pós-pandemia, Brasil patina em educação, o que impede avanço maior no IDH
Depois de três anos estacionada, escolaridade esperada para a população tem ligeiro retrocesso. Indicador foi o único que não melhorou em 2022
O Brasil teve apenas ligeira melhora no seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no último ano do governo do presidente Jair Bolsonaro, o que levou o país a cair duas posições no ranking global deste indicador – da 87ª para a 89ª posição.
E, das três dimensões que a ONU considera para avaliar o desenvolvimento de um país, a única que não avançou em 2022 foi a educação. A expectativa de escolaridade – que considera a estimativa de média de anos de estudos que a atual geração de crianças terá quando completar seu ciclo escolar – recuou de 15,59 para 15,58 anos.
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É um ligeiro retrocesso, depois de três anos seguidos (2019, 2020 e 2021) em que este indicador ficou congelado em 15,59 anos de estudo. Se no pós-pandemia o país conseguiu avançar em saúde e renda, com ganhos em expectativa de vida e PIB per capita, na educação ficou para trás.
Para se ter uma ideia, na Argentina, a expectativa de escolaridade é de 18,98 anos. E, no Uruguai, de 17,35 anos.
O IDH também leva em consideração a escolaridade média atual dos países. É um quesito no qual tem muito peso a população adulta – e, no caso do Brasil, onde os avanços da escolaridade são recentes, acaba mostrando um retrato pior. O país tem escolaridade média de 8,3 anos de estudo.