Nove de dez conselheiros da Eletrobras pedem renúncia do cargo
Executivos alegam que com a desestatização será necessária uma nova composição societária
Nove integrantes do Conselho de Administração da Eletrobras apresentaram uma carta com pedido de renúncia de seus cargos, conforme fato relevante publicado pela companhia no sábado (18). O colegiado tem 11 cadeiras, mas uma já está vaga. Somente o representante dos empregados, eleito em processo separado, não abdicou.
O mandato deles havia começado em abril de 2021. Na justificativa, os executivos alegam que, com a desestatização concluída por meio da capitalização sacramentada na semana passada, será necessária uma nova composição do colegiado para refletir a nova distribuição das ações da empresa. Com a diluição da posição majoritária do governo, a empresa passa a ser uma companhia privada, sem controlador definido, o que o mercado chama de corporation.
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“Trata-se de boa prática de governança corporativa e de justiça social, que os atuais conselheiros se orgulham em cumprir — o que permitirá à Eletrobras, na condição de corporation, estabelecer um novo cenário na composição do seu board (conselho) aderente à sua atual realidade jurídica e acionária”, diz a carta.
Novos conselheiros deverão ser eleitos por uma assembleia de acionistas extraordinária. Os que renunciaram são: Ruy Schneider, Marcelo de Siqueira Freitas, Bruno Eustáquio de Carvalho, Ana Carolina Marinho, Jeronimo Antunes, Ana Silvia Corso, Felipe Villela Dias e Daniel Alves Ferreira.
Rodrigo Limp, atual presidente da Eletrobras, apresentou renúncia somente da posição de conselheiro e permanece no comando da empresa.