Haddad anuncia novo consignado para trabalhador CLT e diz que crédito alcançará ''milhões''
Projeto deve ser enviado ao Congresso já em fevereiro
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (29) uma modalidade de crédito privado, chamado de e-social, que irá permitir o acesso "barato" ao crédito "a milhões de brasileiros". A afirmação foi feito após conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes dos principais bancos do país.
— O presidente deve chamar uma última reunião de governo para arbitrar os pequenos pontos que faltam ser reunidos num PL (Projeto de Lei) ou MP (Medida Provisória), ainda não foi decidido. Este ano de 2025 teremos uma ferramenta muito eficiente.
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Segundo o ministro Trabalho, Luiz Marinho, a política poderia alcançar 42 milhões de pessoas. Segundo o ministro da Fazenda, os bancos irão decidir a linha para o crédito.
— Cada banco irá decidir sua linha e análise de risco. É um desafio para os bancos fazer o cálculo para cada cadastro e pedido. A novidade é que você vai estar usando um mecanismo geral, o I-social, com as taxas de crédito pessoal. Com a garantia associada, a tendência forte é que, pela utilização do I-social, você dê um porcento ao mês de juro — disse Haddad.
Estiveram presentes na reunião pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) o presidente do Conselho Diretor, Luiz Carlos Trabuco, e o presidente-executivo, Isaac Sidney. O encontro também contará com os presidentes dos cinco principais bancos do país: Marcelo Noronha, do Bradesco, Milton Maluhy, do Itaú, Mário Leão, do Santander, Tarciana Medeiros, do Banco do Brasil, e Carlos Vieira, da Caixa.
Na semana passada, em entrevista à CNN Brasil, o secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que já estava pronta a proposta para usar recursos do FGTS como garantia no consignado de funcionários do setor privado.
Hoje, essa modalidade funciona por meio de descontos diretos da folha de pagamento dos funcionários com carteira assinada, mas depende de um convênio prévio entre o empregador e o banco.
Diante do risco de demissão ou mudança de emprego, a modalidade não decola. Por isso, a ideia é que a linha de crédito deixe de ser vinculada ao empregador e seja solicitada diretamente pela plataforma do governo e-Social, com garantia do FGTS.