Novo portal do Sisu deve gerar economia de R$ 25 milhões em cinco anos
Sistema também vai ajudar na versão digital do Enem, diz Weintraub
Leia também
• Bolsonaro contraria Guedes e nega possibilidade de 'imposto do pecado'
O novo portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deve gerar uma economia de até R$ 25 milhões para o governo federal nos próximos cinco anos. A avaliação é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para quem a iniciativa também vai auxiliar na realização da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A aplicação do exame será opcional, e a estimativa inicial é de 50 mil participantes, podendo chegar a 100 mil.
Lançado na última segunda-feira (21), o novo portal tem um sistema responsivo que concentra as informações na nuvem, tecnologia que possibilita acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet, sem a necessidade de instalar aplicativos no computador.
“Migrar para a nuvem é fundamental, ainda mais com o objetivo de fazer o Enem digital no futuro”, disse o ministro, em entrevista exibida nesta sexta-feira (24) pela TV Brasil.
Leia também:
Sisu 2020: 70% das inscrições foram feitas por celular e tablet
Notas de corte de cursos ligados à saúde no Sisu têm tendência de alta
“No ano passado, gastamos R$ 2,5 milhões [com o sistema] e neste ano vamos deixar de gastar R$ 15 milhões. Nos próximos cinco anos, vamos economizar R$ 25 milhões. Então, é uma economia muito expressiva, uma economia de R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. já é uma escola a mais, uma creche a mais”, acrescentou.
O novo portal permite acessar o Sisu pelo computador, celular ou tablet e gerar relatório diretamente da página.
De acordo com o ministro, a medida possibilitou atender à demanda de inscrição. “Foi uma decisão acertada, pois a demanda do Sisu, neste ano, foi muito acima do no ano passada. O recorde por minuto de acessos era de 3,5 mil e, neste ano, foi para 7 mil acessos”, afirmou.
Weintraub falou ainda sobre a lentidão apresentada pelo sistema na terça-feira (21), quando começou o período de inscrições. De acordo com o ministro, a instabilidade ocorreu devido ao grande número de acessos em um curto espaço de tempo.
“As pessoas têm a semana toda para acessar o sistema, mas todo mundo quer acessar o sistema no primeiro minuto, no primeiro momento. Com essa tecnologia nova, há muita resposta via acesso de celular, mobile e, com isso, as pessoas estão usando mais o celular, o que demanda mais capacidade. O sistema teve um ajuste, gerou uma certa lentidão no primeiro dia, mas ninguém saiu prejudicado”, disse Weintraub.
Após o problema, o Ministério da Educação decidiu prorrogar as inscrições no Sisu até as 23h59 de domingo (26), dois dias a mais do que o estipulado no edital.
Balanço divulgado na manhã da quinta-feira (23) pela pasta mostra que 2.772.054 já haviam sido realizadas.
“A gente está migrando cada vez mais para as mesmas abordagens que são feitas na iniciativa privada. É nuvem, são processos mais modernos. O objetivo é atender bem ao usuário, sabendo que, na iniciativa privada, quando há um pico de demanda como esse, também acontecem gargalos. Com a nuvem, conseguimos reagir rapidamente", afirmou.