Núcleo de inflação na América Latina continua em processo de convergência, diz Campos Neto
Segundo o presidente, no mundo desenvolvido o movimento é muito mais sincronizado
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 30, que a inflação cheia tem convergido em grande parte do mundo.
"Na América Latina, a gente vê uma curva vermelha para cima", comentou, durante participação em um evento organizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), em São Paulo.
Ao observar o núcleo da inflação - que é a inflação sem alimentos e sem energia - também continua no processo de convergência, de acordo com ele. "De uma forma geral, as inflações vêm convergindo no mundo, e chegando num patamar de inflação onde a convergência é mais devagar", observou.
Leia também
• Ouro fecha em queda, pressionado por dados dos EUA e recuperação de juros de Treasuries
• Haddad afirma que PIB está crescendo perto de 3% e vai manter esse ritmo
• Alckmin diz que cumprir arcabouço ajuda política monetária e critica nível de juros reais
No mundo desenvolvido, o movimento é muito mais sincronizado, conforme Campos Neto - com exceção da Austrália, que é um país onde a inflação começou a apresentar sinais de piora na margem.
Os Estados Unidos seguem com uma perspectiva de convergência na ponta e, nos países do mundo emergente, a inflação também está mais controlada, "A gente vê basicamente que chegamos num nível de inflação ali perto de 4%, 4,5% em vários países, onde a inflação cheia começou a estacionar."