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Economia

Número de sindicalizados em Pernambuco é o menor da série histórica

Sindicatos perdem 78 mil associados em um ano no estado

Carteira de trabalhoCarteira de trabalho - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

O número de trabalhadores sindicalizados em Pernambuco em 2019 corresponde a apenas 8,6% das pessoas ocupadas no estado, de acordo com a Pnad Contínua – Características do Mercado de Trabalho 2019. O índice, divulgado ontem (26) pelo IBGE, representa o menor percentual de trabalhadores associados a algum sindicato desde o início da série histórica, iniciada em 2012.

A queda no número de trabalhadores sindicalizados acompanha uma tendência nacional. Desde 2014, a população ocupada associada a algum sindicato vem caindo no país, chegando ao seu índice mais baixo no ano passado (11,2%). Em 2019, Pernambuco registrou a maior queda em relação a um ano anterior (20,3%), fazendo o estado ter o segundo menor contingente do Nordeste, à frente apenas de Alagoas (6,1%).

Em relação ao ano passado, a quantidade de trabalhadores ocupados no estado se manteve estável na faixa de 3,5 milhões de pessoas, com leve aumento. Apesar disso, houve uma queda de 78 mil pessoas sindicalizadas, passando de 385 mil, em 2018, para 307 mil no ano passado. Essa contrariedade acontece desde 2017.

“Observando a série histórica, percebemos que em 2016 houve uma grande queda no número de pessoas ocupadas no estado e, consequentemente, dos trabalhadores sindicalizados. Desde então, a população ocupada vem crescendo, mas as pessoas não estão se associando nos sindicatos. Esse acompanhamento não está acontecendo devido, em grande parte, aos servidores públicos e trabalhadores do setor industrial”, explicou a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE de Pernambuco, Fernanda Estelita.

O levantamento mostrou que 1,143 milhão de pessoas eram empregadores ou trabalhadores por conta própria no estado em 2019. Desses, 178 mil (15,5%) tinham o empreendimento com registro no CNPJ estadual.

Local de trabalho

A Pnad Contínua também revelou que o número de pessoas que trabalham em veículos, vias, entregadores em geral e em estabelecimentos de outro empreendimento foi o maior da série histórica.

Em 2019, 181 mil pessoas trabalhavam em veículos um aumento de 16% em relação a 2018. Além disso, o número de pessoas que tinham as vias como local de trabalho, como os camelôs, cresceu 8% em 2019, empregando 150 mil trabalhadores.

Os funcionários que faziam seus serviços em estabelecimento de outro empreendimento, como os terceirizados, mais que dobrou em 2019. O aumento foi de 156%, alcançando 59 mil pessoas. Já aqueles que trabalham em local designado pelo empregador, patrão ou freguês, grupo que inclui os entregadores em geral, empregou 403 mil pessoas, um aumento discreto de 1,5% em relação a 2018.

Por outro lado, entre 2018 e 2019, houve uma diminuição de 2,4% do número de pessoas que trabalhavam em estabelecimento do próprio empreendimento, como manicures e cabeleireiros. Era o caso de 1,54 milhão de pessoas, o menor número desde o início da série histórica.

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