O que muda para o consumidor com o pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA?
Empresa entrou com pedido para reestruturar dívidas nesta quinta-feira
Com dívidas de US$ 20 bilhões, a GOL entrou nesta quinta-feira com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O pedido do Capítulo 11 (lei de falências do país) foi feito no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
O ex-diretor da ANAC, Ricardo Fenelon, sócio do escritório Fenelon Barretto Rost, explica que o processo não traz mudanças para os consumidores. A própria GOL, lembra ele, anunciou que tem caixa para manter a operação.
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— A expectativa é que não mude nada para o consumidor. A GOL opera com os níveis mais altos de segurança no mundo, tem índices de eficiência operacional altíssima. No primeiro momento, é uma reestruturação financeira. Em um primeiro momento, não há nenhum impacto. Existem vários exemplos de empresas que passaram pelo Chapter 11 e que não mudaram a sua operação, como a própria LATAM — explica o advogado.
Em comunicado, a empresa explica que os clientes serão atendidos normalmente. "Os Clientes da GOL poderão continuar a organizar viagens e a voar pela Companhia como sempre fizeram, com a utilização de passagens e vouchers". Acrescenta que eles seguirão acumulando milhas ao voar pela Companhia e poderão comprar e resgatar milhas acumuladas por meio do Smiles".
A empresa também acrescenta que irá honrar todas as obrigações com Clientes, incluindo reembolsos de passagens, cupons de viagem e pagamentos ou crédito associados a reclamações de bagagem ou serviços, em conformidade com políticas da empresa em vigor.
— As grandes empresas aéreas americanas já passaram pelo Chapter 11. Ele por si só não é um problema — acrescenta Fenelon. — A GOL vai tentar renegociar suas dívidas com a supervisão do judiciário americano. Como várias companhias aéreas já foram bem-sucedidas, a expectativa com a GOL é a mesma.