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TELECOM

Oi atribui nova crise à demora na conclusão da venda de operação de celular e braço de fibra ótica

Empresa pediu proteção contra credores, enquanto se prepara para uma nova recuperação judicial

Foto: Pixabay

A demora no fechamento das operações de venda de ativos agravou a situação financeira da Oi, levando-a a recorrer a empréstimos e pedir proteção a credores um mês e meio depois de ter saído da recuperação judicial.

No pedido de tutela de urgência cautelar protocolado na Justiça do Rio nesta quarta-feira, a empresa atribui as razões da atual crise ao fato de a venda de sua operação de celular e de sua companhia de fibra ótica terem sido concretizadas quase dois anos depois da homologação do aditamento do plano de sua primeira recuperação judicial.

A venda da Oi Móvel e da Infra Co., empresa de fibra ótima da Oi, foi acertada em outubro de 2020 no âmbito do plano, mas o fechamento das transações só ocorreu em abril e junho de 2022, respectivamente. Com isso, mas de R$ 16 bilhões demoraram para entrar no caixa da empresa.

“A concretização da venda de ativos valiosos da companhia deu-se quase dois anos após a homologação do APRJ, principalmente em razão do esforço para convencer os órgãos regulatórios e concorrenciais brasileiros acerca da legitimidade e viabilidade das alienações, bem como da elevada complexidade para segregar parte desses ativos”, diz a empresa no documento.

Dívida de R$ 29 bilhões
“Durante esse período, a Oi viu-se obrigada a direcionar o seu caixa para os pesados e necessários investimentos (...). Foi nesse contexto que, como aprovado pelos credores e ratificado por esse juízo, a companhia foi ao mercado buscar seu financiamento”, continua a empresa.

Ainda de acordo com o documento, a empresa tem cerca de R$ 29 bilhões apenas em dívidas financeiras.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, a tele disse que a solicitação da tutela de urgência cautelar “foi uma medida de proteção adequada neste momento para proteger a companhia e suas subsidiárias contra a exigibilidade de créditos e garantias e permitir o avanço das discussões e tratativas com os credores, em curso desde o ano passado, visando uma potencial renegociação das dívidas".

A Oi convocou assembleia de acionistas para 6 de março com objetivo de reformar seu estatuto e destituir o atual conselho de administração.

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