Oi responde a críticas dos bancos e diz que processo de recuperação ainda não está completo
Tele carioca diz que vem cumprindo todas as obrigações decorrentes do plano, aprovado em 2018 e encerrado ao final de 2022
Após a ofensiva de Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú contra a Oi, a tele carioca disse que a proteção contra os credores obtida na Justiça há duas semanas faz parte das ações legítimas em busca de sua sustentabilidade a longo prazo.
Em nota, a tele disse que vem cumprindo todas as obrigações decorrentes do Plano de Recuperação Judicial, a provado em 2018 e encerrado ao final de 2022. Nos últimos dias, os bancos entraram com ação na Justiça alegando que proteção contra os credores não é legítima.
"Esse processo tem sido realizado de maneira integralmente privada e a dívida inicial da empresa, que em valores atualizados seria de cerca de R$ 90 bilhões, foi reduzida hoje a aproximadamente R$ 33 bilhões – incluindo a quitação de 100% dos passivos com o BNDES, de quase R$ 5 bilhões", disse a tele.
Leia também
• BNDES diz que sócios têm capital para salvar a Americanas
• "Rombo de 0,5% do PIB", diz Haddad sobre crise na Americanas
• Americanas fará reunião com credores na quinta-feira, diz varejista
A tele carioca disse ainda que o processo de recuperação judicial permitiu uma completa mudança em sua governança, levando a tele a uma empresa sem grupo controlador, a um Conselho de Administração independente e um novo time de gestão. "O processo de recuperação da Oi, no entanto, ainda que cumprido à risca até aqui, não está completo e precisa de ações adicionais", disse a tele em nota.
Ao destacar que foi afetada pela deterioração do ambiente macroeconômico e redução das receitas de telefonia fixa, a Oi diz que precisa resolver "de maneira definitiva" a continuidade do processo de restruturação de sua dívida, em discussão com os principais credores financeiros da empresa, sendo a maioria deles fundos internacionais.
Efeito colateral: Crise da Oi e da Americanas pode dificultar e encarecer crédito para empresas
Lembra ainda a necessidade de resolver o imbróglio em torno da migração da concessão para autorização de telefonia fixa. "A Oi acredita estar construindo, assim, uma empresa viável, com o equilíbrio entre a resolução de temas do passado e o desenvolvimento da Nova Oi e sua estratégia de foco na fibra", afirmou em nota.