recuperação judicial

Oi vai vender carteira de clientes de fibra óptica e pretende novo empréstimo de R$ 3,2 bilhões

Tele carioca protocolou nesta terça-feira (6) a nova versão de seu segundo plano de recuperação judicial

Empresa tem lojas próprias em shoppings  e no bairro da Boa Vista, além de franquias Empresa tem lojas próprias em shoppings e no bairro da Boa Vista, além de franquias  - Foto: divulgação

A Oi protocolou nesta terça-feira (6) a nova versão de seu segundo plano de recuperação judicial na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio.

Conforme revelou O Globo, a tele carioca pretende vender a ClientCo, empresa de fibra óptica que reúne 4 milhões de clientes, e a sua fatia na V.tal, empresa que é dona da infraestrutura de fibra óptica, com mais de 400 mil quilômetros de extensão.

De acordo com a tele, haverá “realização de processos competitivos para a alienação das UPIs (unidades) ClientCo e V.tal definidas na Nova Versão do Plano de Recuperação Judicial”. A companhia contratou bancos no ano passado para calcular o valor das empresas. Segundo fontes, não está descartada uma nova divisão dos clientes de fibra óptica para os rivais Claro, Tim e Vivo, como foi feito com a Oi Móvel.

A companhia, que pretende realizar uma Assembleia Geral de Credores em março, prevê uma nova captação, via empréstimo prioritário, de até U$ 650 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões, a depender da cotação do real).

“A companhia também espera poder captar outros recursos, por meio de um aumento eventual de capital, ou da contratação de novas linhas de crédito para o refinanciamento das dívidas”, informou a companhia.

A tele carioca entrou com o segundo pedido de proteção judicial no início do ano passado, com dividas financeiras de R$ 36,7 bilhões, de acordo com o balanço do terceiro trimestre. Com a venda dos dois ativos, a Oi ficaria ainda com a Oi Soluções (de clientes corporativos), operações fixas, os clientes de TV, a rede de cobre, a Tahto (atendimento) e a Serede (de manutenção).

Rodrigo Abreu, ex-CEO da companhia e que permanece à frente das negociações com os credores, explicou que esse novo processo de recuperação judicial foi necessário para a equalização das dívidas financeiras, a maior parte delas atrelada à variação cambial.

Nesta nova versão, o plano altera as negociações com credores como agências de crédito à exportação, donos de títulos do exterior (bondholders) e bancos nacionais. Segundo a tele, as novas condições ainda estão em discussão.

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