agricultura

ONU se mostra otimista sobre renovação do acordo de exportação de grãos da Ucrânia

Exportação de grãos a parte de portos da Ucrânia foi bloqueada pela guerra com a Rússia

ONUONU - Foto: POOL/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

A ONU se declarou "relativamente otimista" nesta quarta-feira (26) sobre as perspectivas de renovar um acordo que permite a exportação de grãos a partir dos portos da Ucrânia, bloqueados pela guerra com a Rússia.

A Iniciativa de Grãos do Mar Negro, assinada em 22 de julho sob os auspícios das Nações Unidas e acordada com Moscou e Kiev, se estende até 19 de novembro.

Um segundo acordo assinado em paralelo permite a exportação de alimentos e fertilizantes russos apesar das sanções ocidentais impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia em fevereiro.

O acordo permitiu que quase nove milhões de toneladas de grãos saíssem desses portos, aliviando a crise alimentar mundial provocada pela invasão russa.

Mas a incerteza sobre a renovação do pacto já provocou o aumento dos preços de alguns produtos.

"Estamos ansiosos por vê-lo renovado em breve. É importante para o mercado. É importante para a continuidade", disse Martin Griffiths, o mais alto encarregado de Assuntos Humanitários da ONU

"E continuo sendo relativamente otimista de que vamos consegui-lo", acrescentou.

As partes do acordo do Mar Negro são Nações Unidas, Ucrânia, Rússia e Turquia, mas os principais negociadores dos diálogos de renovação do convênio de grãos são a ONU e Moscou.

Griffiths viajou recentemente a Moscou com Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

Ele disse que tecnicamente não há necessidade de um novo acordo, mas certos procedimentos devem ser reavaliados e simplificados. 

"Estamos muito interessados não apenas em renovar esta operação do Mar Negro pelo tempo que as partes permitirem", acrescentou, mas também em "eliminar impedimentos para que haja exportações russas de grãos e fertilizantes".

A Rússia se queixa de que, mesmo com o acordo, não consegue vender esses produtos devido às sanções contra seus setores financeiro e logístico. 

Griffiths disse que teve "conversas muito frutíferas" na terça-feira em Washington.

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