OpenAI é processada pelos editores de notícias do Canadá por violação de direitos autorais
A ação contra a empresa diz que ela está capitalizando e lucrando com uso de conteúdo, sem obter permissão ou qualquer compensação aos proprietários do conteúdo.
Cinco editoras canadenses de mídia processaram a OpenAI por violar direitos autorais ao extrair conteúdo para treinar produtos de inteligência artificial como o ChatGPT - abrindo outra frente contra a startup de US$157 bilhões.
A Torstar, a Postmedia Network Canada, a Globe and Mail, a Canadian Press e a CBC/Radio-Canada entraram com a ação na quinta-feira no Tribunal Superior de Justiça de Ontário, buscando indenizações que seriam determinadas em julgamento.
“A OpenAI está capitalizando e lucrando com o uso desse conteúdo, sem obter permissão ou compensar os proprietários do conteúdo”, disseram as editoras em um comunicado nesta sexta-feira. Os autores da ação afirmam que são responsáveis pela “maior parte do conteúdo jornalístico do Canadá”.
Um porta-voz da OpenAI afirmou que seus modelos são treinados com “dados disponíveis publicamente, baseados no uso justo e nos princípios internacionais relacionados aos direitos autorais”.
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A empresa também disse que trabalha com os editores de notícias sobre como seu conteúdo é exibido, atribuído e vinculado, incluindo formas de optar por não participar.
No final do ano passado, o New York Times processou a OpenAI e sua parceira, a gigante de software Microsoft, alegando que as empresas utilizaram milhões de seus artigos protegidos por direitos autorais para treinar seus sistemas de IA.
Paul Deegan, presidente da associação comercial News Media Canada, que representa os editores de jornais que estão processando a OpenAI, disse que a empresa estava “explorando o jornalismo enquanto se enriquece substancialmente, injustamente e ilegalmente.”