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Tecnologia

OpenAI teria desenvolvido uma nova e poderosa ferramenta de IA, diz agência

Chamada de Q*, ela seria capaz de resolver problemas matemáticos, o que é considerado um avanço notável no setor

A capacidade de resolver problemas matemáticos tornaria a IA generativa mais próxima da inteligência humanaA capacidade de resolver problemas matemáticos tornaria a IA generativa mais próxima da inteligência humana - Foto: Freepik

Depois do retorno de Sam Altman, surge um novo capítulo na novela OpenAI. A agência de notícias Reuters revelou nesta quinta-feira que, pouco antes da demissão de Altman, um grupo de pesquisadores da startup enviou uma carta ao Conselho de Administração alertando sobre uma nova e poderosa ferramenta de inteligência artificial (IA), que poderia até representar uma ameaça à Humanidade.

Essa ferramenta, chamada Q* (pronuncia-se Q-Star), seria capaz de resolver questões básicas de matemática, disse uma fonte à Reuters. A capacidade de resolver problemas matemáticos até então desconhecidos para a IA foi vista como um salto significativo em seu desenvolvimento.

Para os pesquisadores, a matemática é uma nova fronteira da IA generativa. Isso porque, ao contrário de uma pergunta de texto, questões matemáticas têm somente uma resposta possível. A capacidade de resolver problemas matemáticos tornaria a IA generativa mais próxima da inteligência humana.

Fora do controle humano
Com isso, a Q* seria um passo na criação da chamada inteligência geral artificial (AGI, pela sigla em inglês. A AGI pode generalizar, aprender e entender. Alguns especialistas temem que a AGI possa escapar do controle humano.

Andrew Rogoyski, do Instituto da IA Centrada em Humanos da Universidade de Surrey, na Inglaterra, disse ao jornal britânico The Guardian que a existência de um modelo de linguagem amplo (LLM, pela sigla em inglês) capaz de resolver questões matemáticas seria um avanço notável:

“A habilidade intrínseca de LLMs fazerem cálculos matemáticos é um enorme passo à frente, que permitiria às IAs oferecerem toda uma nova gama de capacidades analíticas.”

Na véspera de ser demitido, Altman afirmou, ao participar de uma cúpula do bloco Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, pela sigla em inglês), que duas semanas antes estava na OpenAI “quando puxamos o véu da ignorância descortinando a fronteira da descoberta, o que é a honraria profissional de uma vida.”

Segundo o site especializado em tecnologia The Information, a equipe por trás da Q* seria comandada pelo cientista-chefe da OpenAI, Ilya Sutskever - que foi uma das principais vozes do conselho a pedir a demissão de Altman, ainda que se arrependesse depois.

Uma fonte disse à Reuters que, nesta quinta-feira, em comunicado interno, a OpenAI admitiu a existência de um projeto chamado Q* e que realmente o conselho teria recebido uma carta sobre ele na semana passada. Um porta-voz da empresa disse à Reuters apenas que o comunicado alertava os funcionários para reportagens circulando na mídia, sem confirmar se seriam corretas ou não.

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