Logo Folha de Pernambuco

MERCADO

Negócios promissores para quem quer empreender em 2025

Iniciativas no setor imobiliário, pet shop e serviços de consultoria são alguns dos segmentos em alta, além da inserção de tecnologia e valorização da experiência do cliente em várias áreas

Na foto, as sócias do Fervo Arquitetura: Marcela de Siqueira, Thayna Torres, Lyvian Araújo, Nicole Gama e Gabriela DiasNa foto, as sócias do Fervo Arquitetura: Marcela de Siqueira, Thayna Torres, Lyvian Araújo, Nicole Gama e Gabriela Dias - Foto: Ricardo Fernandes / Folha de Pernambuco

O mais recente relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), considerado a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, realizado já no período pós-pandemia, revela que seis em cada dez brasileiros têm o sonho de empreender.

Abrir o próprio negócio, no entanto, pode gerar incertezas e receio por se adentrar em uma área até então desconhecida. Para aumentar as chances de sucesso da nova empreitada, analisar o mercado e identificar os segmentos em alta e as principais tendências são essenciais para investir em algo promissor.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Pernambuco (Sebrae-PE), algumas das áreas que terão destaque este ano são os negócios relativos à imobiliária e serviços de consultoria, sobretudo na área de marketing. Cosméticos e bem-estar, mercado pet, design gráfico e distribuição de bebidas também estão na lista.

Inovação
Junto aos setores com potencial lucrativo, algumas ações inovadoras em colaboração com áreas diversas ocuparão um papel de protagonismo nas atividades produtivas. Um exemplo é o uso da tecnologia para otimizar operações e automatizar processos, principalmente com o advento da Inteligência Artificial (IA).

 sustentabilidade também deve ser um pilar central, com produtos eco-friendly e práticas responsáveis com o meio ambiente, atraindo consumidores conscientes, de acordo com o analista do Sebrae-PE, Omero Galdino.

inda na perspectiva para investimentos que devem render frutos, a gestora nacional do Sebrae, Luciana Macedo, completa que o cenário geral será uma extensão dos setores mais populares de 2024, tendo em vista que mudanças de mercado costumam acontecer no longo prazo, e tendências de negócio, mesmo que em constante transformação, são incorporadas a estes segmentos e na forma como operam.

Escreva a legenda aqui

Modelos
“Novos negócios não surgem a todo momento. O que pode surgir são modelos inovadores, o que é diferente”, explicou. Ainda de acordo com a gestora, no setor de vestuário, por exemplo, o empreendedor pode decidir se vende de forma física ou online. Também pode escolher se comercializa para todo o País. “O modelo é o que vai mudando”, complementou.

Para buscar atender às necessidades em crescimento, assegurando a boa recepção da empreitada no ramo escolhido, o economista Werson Kaval aconselha   uma análise dos produtos ou serviços em alta. Dessa forma, o(a) empreendedor(a) entende as demandas de consumo e identifica como o setor se comporta na área em que o negócio será aberto.

No Brasil, estima-se que haja aproximadamente 42 milhões de empreendedores, conforme o último levantamento do Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe).

A projeção da análise também apontou que o número de pessoas gerindo o próprio negócio pode mais que dobrar nos próximos três anos devido à quantidade de pessoas que pretendem ingressar no ramo. Por isso, entender o comportamento e as necessidades que surgirão são essenciais para quem quer  empreender em 2025.

Negócios
A arquiteta Marcela de Siqueira e mais quatro sócias, apostando no ecossistema dos negócios e pretendendo usufruir das tendências que têm demonstrado bom desempenho no mercado recifense, abriram o Fervo Arquitetura.

Elas acreditam numa proposta de autenticidade aliada ao bom rendimento do mercado imobiliário para garantir o sucesso do empreendimento que será comandado por cinco mulheres. Além de Marcela, integram o Fervo Thayna Torres, Gabriela Dias, Nicole Gama e Lyvian Araújo.

“Percebemos uma alta nesse setor no ano passado, com oportunidades de negócios em empreendimentos novos, incluindo edifícios residenciais, condomínios de casas, flats no litoral e projetos de reforma. Esta alta no mercado favorece a negociação de projetos de arquitetura e interiores, inclusive facilitando casos em que um cliente pode indicar os serviços do escritório, criando novas conexões”, ressaltou Marcela.

Mercado
Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) reforçam a aposta das sócias no mercado de arquitetura. A entidade aponta um incremento de 14% no mercado imobiliário no Recife de 2022 para 2023.

Já em abril de 2024, as vendas de imóveis residenciais na capital pernambucana – e de alguns bairros de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana – cresceram quase 97% na comparação entre os meses de abril de 2024, mostra levantamento da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).

O principal padrão ligado à abertura de novos negócios são atividades que exigem baixo investimento e podem resultar na alta rentabilidade, segundo o Sebrae. Essa é mais uma prática que deverá se repetir este ano, já que os dados do estudo também destacam trabalhos em ambientes remotos, tendência impulsionada pela pandemia.

Este é o caso das cinco arquitetas, que apostaram em um escritório online. Sem o custo com locação, elas economizam na abertura e manutenção da atividade. “Inicialmente, o escritório será 100% online, com apenas algumas atividades presenciais, como levantamentos arquitetônicos, reuniões com clientes e visitas em obra, até que eventualmente tenhamos a necessidade de um escritório presencial”, explicou Thayna Torres.

Por este motivo, as sócias classificam o investimento inicial  baixo, incluindo impostos, anuidade do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), gastos com softwares e custos com deslocamento, quando necessário.

Para Omero Galdino, do Sebrae-PE, empreendedores iniciantes  devem ficar atentos à personalização dos serviços como fator preponderante, independentemente da área de atuação. Galdino explica que marcas que criam vínculos emocionais com clientes conseguem maior fidelidade.

Em uma pesquisa realizada pela Foundever com consumidores, 80% deles consideraram a experiência como um aspecto mais valioso do que os próprios produtos e serviços, posicionando o enfoque nessa característica como um ponto a ser priorizado.

“Os consumidores estão cada vez mais exigindo personalização e experiências exclusivas. É por isso que a transformação digital segue como uma forte tendência, principalmente para impulsionar as compras online”, destacou.

A equipe do Fervo, percebendo esse movimento, pretendem priorizar cada projeto como uma extensão da individualidade do cliente. “A intenção é criar espaços que vão além do visual, projetando lugares que acolhem, funcionam e contam histórias, sempre alinhados à essência de cada cliente. Não seguimos tendências, criamos experiências únicas que têm alma, propósito e significado”, Nicole Gama.

 

Veja também

Newsletter