Oppo amplia lançamentos no Brasil para chegar ao 2º lugar nas vendas de celulares Android
Marca chinesa tem como objetivo ficar atrás somente da líder Samsung em um mercado considerado estratégico. Para isso, intensifica produção local e amplia presença no varejo
A chinesa OPPO tem planos ambiciosos para o segmento de smartphones no Brasil. A meta é posicionar a marca como a segunda mais vendida no país entre os celulares que rodam o sistema operacional Android, do Google, ficando atrás apenas da líder Samsung, diz o CEO da empresa para a América Latina, Ethan Xue, em entrevista ao GLOBO.
Para isso, a empresa pretende ampliar o volume de lançamentos no país, expandir sua presença no varejo e reforçar a fabricação local em parceria com a Multilaser. Nos planos, está ainda a chegada de um modelo exclusivo voltado para o público geek.
Em entrevista ao Globo, Ethan Xue, CEO da Oppo para a América Latina, não descarta a criação de lojas próprias e o aumento da produção local nos próximos anos. A marca pertence ao conglomerado BBK Electronics, que também controla as marcas Realme, OnePlus e iQOO.

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— O Brasil é um mercado-chave em nossa estratégia global. Estamos investindo significativamente no país. Nosso objetivo é nos tornarmos a segunda marca mais popular de smartphones Android em cinco anos. Estamos ampliando nossa rede de atendimento pós-venda, com cerca de 20 centros autônomos e o serviço "Reparo Rápido em 1 Hora" — disse ele.
Segundo o executivo, a marca já conta com quatro modelos disponíveis no Brasil (OPPO A58, OPPO A79, OPPO Reno11 F e OPPO A40), que atendem a diferentes faixas de preço e necessidades. O próximo passo, segundo ele, é ampliar o portfólio com novos produtos.
Modelos dobráveis
— Pensando no futuro, estamos de olho no segmento premium e temos interesse em trazer modelos dobráveis para o Brasil. A OPPO está investindo no mercado brasileiro com o desenvolvimento de um produto exclusivo. Seguindo o sucesso da edição especial do OPPO Reno12 F inspirada em Harry Potter, estamos inovando mais uma vez para o público geek, com um produto que vai surpreender e superar as expectativas.
A empresa também quer expandir sua atuação para além dos smartphones. Por isso, não descarta o lançamento de fones de ouvido (Enco Air3 Pro), smartwatches (OPPO Watch X), tablets (OPPO Pad 2) e até óculos de realidade aumentada (OPPO Air Glass). O executivo lembra que a companhia está presente em mais de 70 países.
— Ainda não há uma data de lançamento, mas estamos atentos às demandas do mercado e estudando a melhor estratégia para expandir nosso portfólio no Brasil. Devido às proporções continentais do país e ao tamanho da população brasileira, acreditamos que, no futuro, o Brasil será o mercado mais importante para a OPPO no crescimento global, com grande potencial e uma demanda crescente por tecnologia.
Em outra frente, a companhia também investe na ampliação da presença no varejo, com parcerias estratégicas com a rede Magalu e a operadora Claro. Nos planos futuros, o executivo não descarta a abertura de lojas próprias, seguindo o modelo dos principais concorrentes.
— A parceria com Magalu e Claro é fundamental para nossa estratégia de expansão, reforçando nossa atuação no Brasil. Estamos ampliando nossa presença nas lojas Magalu, com a meta de alcançar mais de 1.000 pontos de venda até o final de 2025, cobrindo todo o território nacional. Com a Claro, buscamos atingir 100% de presença em seus pontos de venda no próximo ano, reforçando nosso compromisso com a cobertura nacional. Além disso, nosso plano inclui estar em mais de 3.000 lojas autorizadas nos próximos dois anos, com mais de 2.000 vendedores especializados.
No ano passado, a OPPO fechou uma parceria inédita com a Multilaser (hoje chamada de Multi) para a produção local. Para o executivo, fabricar no Brasil é estratégico, pois permite oferecer preços mais competitivos.
— Sabemos da importância de produzir localmente, estimulando o mercado brasileiro. A possibilidade de termos uma fábrica própria será avaliada a longo prazo, considerando o desenvolvimento do mercado e nossa estratégia no Brasil.