Os fortes ventos da energia limpa
Parque eólico da Enel Green Power, localizado em Tacaratu, consegue unir sustentabilidade e desenvolvimento econômico
A cerca de 440 quilômetros de distância do Recife, o município de Tacaratu vem soprando bons ventos. Localizada no Sertão de Pernambuco, a cidade abriga um grande parque eólico, da Enel Green Power (EGP), ampliado em dezembro do ano passado. A expansão do empreendimento é chamada de Fontes dos Ventos II, onde 18 turbinas de energia eólica foram instaladas em uma extensão de 15 quilômetros.
Além de produzir energia limpa, reduzindo a emissão de CO², a planta gera desenvolvimento socioeconômico para centenas de pessoas da região de Tacaratu e redondezas.
Fontes dos Ventos II é a ampliação do projeto Fontes I, o primeiro parque híbrido do Brasil, que gera energia solar e eólica desde 2015, quando entrou em operação. A nova planta, de 99 Megawatts (MW), conta com 18 turbinas, cada uma com capacidade de geração de 5,5 MW.
“É um parque eólico conectado ao sistema nacional, um projeto de expansão do Fontes I com ainda mais tecnologia e comprometimento com o meio ambiente e o social”, ressaltou Isela García Cuevas, Project Manager de Fontes II.
Isela García Cuevas, Project Manager de Fontes II, destacou o comprometimento social e ambiental do empreendimento. Foto: DivulgaçãoO novo empreendimento está em total sintonia com a necessidade mundial de redução da emissão de CO² para combater o aquecimento global. A planta vai evitar a emissão de 31 mil toneladas de CO² na atmosfera anualmente.
“Do ponto de vista da sustentabilidade, a eólica é uma geração de energia limpa, que combate essas drásticas mudanças climáticas. Além disso, quando os parques são instalados, geram mais energia para o sistema elétrico e, assim, reduzem a necessidade do acionamento das usinas térmicas, que são mais caras e poluem mais”, destacou Maurício Vasconcelos, especialista em Sustentabilidade da Enel Green Power.
Projetos em sustentabilidade
Antes de executar suas ações, a Enel Green Power tem a prioridade de sempre minimizar os impactos da construção do empreendimento. Por isso, um diálogo foi aberto com a comunidade de Tacaratu desde o início do projeto. Ao todo, o grupo desenvolveu 19 projetos na região, beneficiando 9.000 pessoas.
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Entre eles, está o projeto de assistência técnica para agricultores da região. A Enel percebeu que era uma área rural com potencial para a agricultura familiar. Assim, a empresa desenvolveu um estudo socioeconômico para entender as dificuldades da região, conhecer as potencialidades e a dinâmica das comunidades.
“Durante toda a obra, a gente contratou uma assessoria técnica e rural para os agricultores da região. Cerca de 60 agricultores receberam oficinas de vários temas, como melhoria de solo, poda de árvores e reaproveitamento do solo”, contou Maurício.
A agricultora Ivone Cosma dos Santos, de 39 anos, foi uma das beneficiadas. Moradora de Tacaratu, Ivone recebeu oficinas que tiveram resultados importantes na sua lavoura. “Aprendi a fazer um composto orgânico para adubar o solo sem precisar agora usar adubo sintético. Também aprendi a fazer uma calda natural para matar pragas. Fiz a aplicação dessa calda no pé de acerola e de graviola e foi uma maravilha porque não precisei comprar veneno”, contou Ivone.
A Enel também impulsionou o tema da sustentabilidade nas escolas municipais de Tacaratu. A empresa estimulou a economia circular nas escolas com palestras e oficinas para que os estudantes pudessem replicar os ensinamentos aos pais. Alguns dos temas foram a utilização das hortas nas comunidades e o reaproveitamento dos alimentos, este último também ensinado para as cozinheiras que fazem as merendas nas escolas.
Geração de emprego na região
O impacto socioeconômico também foi observado a partir da geração de empregos na região. Durante a fase de construção, a planta de Fontes II gerou mais de 600 empregos diretos. A engenheira civil Rita Mércia, de 35 anos, trabalha em Fontes II como supervisora civil, com suporte na área de qualidade. Moradora de Petrolândia, Rita é uma das que conseguiu melhorar sua renda familiar e sua qualificação técnica a partir da atuação na obra.
“Consegui fazer uma qualificação em gerenciamento de gestão de obra e agora espero abrir turma para começar uma pós-graduação em energia renovável. Também consegui ajudar minha mãe a reformar a casa dela e fiz uma poupança. Isso foi uma grande mudança na minha vida”, contou Rita.
Rita Mércia trabalha na obra e conseguiu melhorar sua renda familiar. Foto: DivulgaçãoA analista de sustentabilidade, Joseane Maia, trabalha em uma empresa parceira a serviço da Enel desde 2015, primeiro como prestadora de serviço e depois foi efetivada pela empresa. “Hoje a gente atua com um olhar cada vez mais cuidadoso e atencioso sobre como a comunidade vive. Trabalho com o coração feliz por conseguir dar atenção à comunidade”, disse Joseane.
“O projeto de Fontes trouxe um impacto muito positivo, com a contratação de mão de obra local. Terminando o projeto, as pessoas já têm mais experiência para entrar em outros projetos que virão a surgir, inclusive em outras empresas”, destacou Isela García.
A Enel Green Power, braço de geração renovável do Grupo Enel, é líder em geração solar e eólica no Brasil. A empresa tem contribuído fortemente para a diversificação da matriz energética com base em fontes limpas de energia. Atualmente, o Grupo Enel possui uma capacidade total instalada renovável de mais de 4,3 GW em operação, dos quais mais de 1,8 GW são de fonte eólica, cerca de 1,2 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro.
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