Ouro fecha em alta e estica rali sem abalo da cautela com cronograma de alívio pelo Fed
Sequência de seis altas seguidas dos contratos é a mais prolongada desde 11 de março
O ouro fechou em alta nesta terça-feira (2), prolongando o rali para a sexta sessão seguida e renovando o recorde histórico, mesmo diante de uma dose de cautela sobre a perspectiva para o alívio monetário nos Estados Unidos. O metal segue se beneficiando da leitura de ativo de reserva de valor para cenários de inflação, ao mesmo tempo em que sinais de demanda por parte de Bancos Centrais, sobretudo da China e Índia, continuam como suporte para os preços.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho, contrato agora mais líquido, fechou em alta de 1,09%, a US$ 2.281,8 a onça-troy, novo recorde histórico.
O metal estende os ganhos para a segunda sessão seguida em abril, após encerrar março com ganho acumulado de 8,94%.
Leia também
• Decreto formaliza redução de IPI para veículos híbridos prevista no programa Mover
• General Electric conclui sua divisão e marca o fim de uma era
• Previsão para o IGP-M de 2024 no Focus passa de 2,38% para 2,00%
A sequência de seis altas seguidas dos contratos é a mais prolongada desde 11 de março de 2024, quando o metal subiu por oito sessões consecutivas, segundo a Dow Jones Newswires
Com o ouro em alta, o ímpeto poderia estar atraindo mais operadores para fundos negociados em bolsa, como o ETF VanEck Gold Miners.
As condições nos mercados, no geral, também podem ser favoráveis ao ouro, de acordo com Mike McGlone, analista da Bloomberg Intelligence. McGlone destacou a volatilidade moderada nos mercados acionários.
O Índice de Volatilidade VIX, o chamado medidor de medo de Wall Street, permanece perto das mínimas de mais de uma década, mesmo depois de um pico na terça-feira, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro seguem em alta.
O juro projetado pela T-Note de 10 anos subia a 4,3610% perto das 14h54 (horário de Brasília). Nesta terça-feira, dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) voltaram a manifestar opiniões prudentes.
A presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que é preciso ter mais informações sobre a trajetória da inflação, antes de decidir por corte de juros, e acrescentou que não espera ter o nível de informação necessário para essa decisão até a próxima decisão do Fed.