Pacote de remuneração recorde de Musk na Tesla é rejeitado novamente por juíza de Delaware
Kathaleen St. J. McCormick barrou o pagamento de US$ 56 bilhões mesmo com a aprovação dos acionistas.
O pacote de remuneração recorde da Tesla para Elon Musk, de US$ 56 bilhões, foi novamente rejeitado por uma juíza de Delaware, mesmo após os acionistas apoiarem seu pagamento.
Apesar da votação dos acionistas, em 13 de junho, na reunião anual da empresa, a juíza do Tribunal de Chancelaria de Delaware, Kathaleen St. J. McCormick, decidiu manter sua decisão original de janeiro, de que o conselho da empresa estava excessivamente sob a influência do bilionário empreendedor quando adotou o plano de remuneração em 2018.
O pacote de opções de ações tinha inicialmente o valor de US$ 2,6 bilhões, quando um acionista resolveu questioná-lo na Justiça por considerar o valor excessivo, e chegou a US$ 56 bilhões quando a juíza o cancelou. O pacote estava avaliado em US$ 101,5 bilhões no preço de fechamento desta segunda-feira.
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A decisão de McCormick de derrubar o maior pacote de pagamento já registrado para um executivo corporativo nos EUA pode representar uma perda significativa para a fortuna de Musk e colocar o futuro de suas empresas em questão, caso a decisão seja mantida em um recurso. Mesmo sem o pagamento, ele continua sendo a pessoa mais rica do mundo.
A decisão ocorre logo após a fortuna de Musk atingir um recorde histórico, superando o recorde anterior de US$ 340,4 bilhões, estabelecido em novembro de 2021, graças a uma alta nas ações da Tesla após a eleição presidencial e uma nova rodada de financiamento para sua startup de inteligência artificial.
Os diversos negócios de Musk têm aumentado em valor desde a vitória de Donald Trump nas eleições, o que levou Musk, seu chamado "primeiro amigo", para o centro das atenções políticas.
A Tesla e seu conselho, que inclui Musk, não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Relembre o caso
A decisão é mais um capítulo dessa novela desde que a juíza Kathaleen St. J. McCormick, do Tribunal de Chancelaria de Delaware, anulou o plano de remuneração recorde que o conselho da Tesla aprovou para Musk em 2018. A juíza decidiu que o conselho tinha conflitos de interesse e que a Tesla não divulgou adequadamente os detalhes do plano.
Na época, os diretores da empresa justificaram que o valor do pagamento serviu para garantir que o empresário continuasse a se dedicar à Tesla, já que tinha outros negócios, como a SpaceX (que lança satélites no espaço) e a Neuralink.