País gera 34 mil empregos formais
Pelo segundo mês consecutivo, o Brasil registra crescimento de vagas de trabalho. Mas em Pernambuco, o saldo foi negativo
Novos 34,2 mil postos de trabalho foram abertos em maio, no Brasil. É o segundo mês consecutivo e a terceira vez no ano que são registradas mais vagas abertas do que fechadas. Em abril, o País já havia criado mais de 59,8 mil vagas de emprego formal.
Comparado com 2014, quando a recessão econômica estava começando, foi o melhor resultado. Já em Pernambuco, em contrapartida, o saldo foi negativo: entre admitidos e demitidos, o resultado foi de 195 postos a menos. Ou seja, uma variação negativa de 0,2%. Foi o que apontaram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o resultado confirma as previsões da equipe econômica do governo. Ou seja, a retomada gradual do mercado de trabalho. "Na retomada do crescimento, a economia demanda algum tempo para atingir o nível de emprego que desejamos. O importante é que o rumo está certo", disse.
Quem corrobora com a opinião é o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Em sua opinião, o resultado constata que a economia voltou a dar sinais de recuperação. "Um dos sintomas fundamentais para comprovar isso é a geração de emprego", pontuou.
Para se ter ideia, no acumulado do ano, o Caged contabilizou 48,5 postos de trabalho a mais, após dois anos de saldo negativo para o período. De janeiro a maio de 2016, o índice registrou fechamento de 448 mil vagas; e, no mesmo período de 2015, 243,9 mil vagas foram suprimidas. Mas a quantidade de desempregados ainda é alta. Na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domícílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, o número de desempregados aumentou para 14 milhões.
Na opinião da economista Tânia Bacelar, o resultado positivo está longe de significar retomada ou tendência de recuperação na economia brasileira. "Ainda estamos oscilando muito e com a crise política que estamos vivendo é provável que demore a melhorar", pontuou. Para ela, o bom índice demonstra apenas que as vagas de emprego não pretendem cair mais como nos outros anos. "Estamos em patamares muito baixos para chamar de recuperação. A recessão só atenuou", acrescentou.
Setores
Os setores que mais cresceram e contribuíram para o resultado positivo foram na agropecuária (46,04 mil novos postos), serviços (1,9 mil postos), indústria de formação (1,4 mil postos) e administração pública (955 postos). E, na contramão, o comércio perdeu vagas (11,2 mil postos), assim como a construção civil (4,02 mil postos) e indústria extrativa mineral (510 postos). "Mesmo aqueles setores que apresentaram saldo negativo, comparando com 2016 e 2015, os números (indicando queda) são bem menores”, declarou Ronaldo Nogueira.

