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COP29

Países ricos aceitam em subir oferta de financiamento climático para US$ 300 bi por ano, dia jornal

Ativista e ambientalista sueca Greta Thunberg usou as redes sociais, nesta sexta-feira, para criticar o posicionamento do evento

Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29)  - Foto: Alexander Nemenov / AFP

A algumas horas da publicação do texto final da conferência do clima deste ano, a COP29, um grupo de países ricos teriam concordado em aumentar a oferta de financiamento climático para US$ 300 bilhões anuais, segundo fontes informaram ao The Guardian. De acordo com o jornal, o novo valor foi fechado após uma longa reunião a portas fechadas com um pequeno grupo de ministros e chefes de delegações, incluindo o Brasil.

Segundo a publicação, o novo valor vem na esteira da reação sobre a proposta inicial de meta de financiamento climático de US$ 250 bilhões apresentada na sexta-feira, considerada por muitos países “uma piada”.

O valor foi apontado como muito abaixo do necessário para ajudar os países pobres a fazerem a transição para uma economia de baixo carbono e se adaptarem aos impactos de eventos climáticos extremos. A repercussão negativa, segundo o Guardian, teria levado a um esforço diplomático nos bastidores para aumentar a oferta dos países desenvolvidos.

Nas redes sociais, a ativista Greta Thunberg afirmou que “não deve ser surpresa que mais uma COP esteja fracassando”. Thunberg chamou o rascunho do texto final é um “desastre completo” e que o dinheiro dos países do Norte Global “necessário para pagar suas dívidas climáticas” ainda não está em lugar nenhum.

“Com cada negociação, com cada discurso feito por um líder mundial e com cada acordo que eles assinam, fica claro que cabe a nós, como um coletivo global, tomar as medidas de que precisamos tão desesperadamente e mostrar onde a liderança realmente está. Eles não farão isso por nós, como esta COP29 mais uma vez prova”, disse a ativista.

De acordo com o texto preliminar do acordo circulado na sexta-feira, os países em desenvolvimento receberiam pelo menos US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático até 2035, o que está alinhado às demandas apresentadas pela maioria antes da conferência de duas semanas. No entanto, os países pobres queriam que uma parte maior desse financiamento viesse diretamente de países ricos, preferencialmente na forma de doações, em vez de empréstimos.

A Índia é um dos países de maior peso nessa negociação, por ser potencialmente um dos maiores destinatários dos repasses de financiamento, por ter uma população de 1 bilhão de pessoas com renda per capita muito baixa sistemas de energia precários e limitados.

Do outro lado da balança, os Estados Unidos travam o avanço da negociação argumentando que os compromissos de mitigação dos grandes países em desenvolvimento ainda são muito vagos.

— É absolutamente crítico que esta conferência adote decisões fortes ao longo de todos os temas da agenda, seja em NCQG, mas também em mitigação, adaptação e outros resultados — disse na plenária da COP29 John Podesta, enviado dos EUA para o clima.

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