Para IBGE, mercado de trabalho no Brasil mostra melhora que vem consolidada
A taxa de desemprego passou de 7,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro para 7,1%
A taxa de desemprego no País mostra uma melhora consolidada, com geração contínua de vagas, e a população ocupada renovando recordes a cada trimestre, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"É uma melhora que vem consolidada", disse Beringuy. "São melhoras verificadas a cada trimestre. Se essas expansões são contínuas, elas vêm trimestre após trimestre registrando recordes. Você tem um processo cumulativo desses ganhos."
A taxa de desemprego passou de 7,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro para 7,1% no trimestre encerrado em maio.
O resultado tinha sido de 7,5% no trimestre móvel terminado em abril (série considerada não comparável pelo IBGE, por haver repetição de dois terços da amostra).
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Segundo Beringuy, o cenário econômico favorável está por trás dos ganhos vistos no mercado de trabalho, fazendo a melhora no emprego alimentar também um ciclo virtuoso: com mais trabalhadores ocupados, há mais renda e mais demanda.
"Isso tem relação sim com a melhora da atividade econômica. Está havendo mais ocupação, esse trabalho está sendo mais demandado pelas atividades econômicas. A gente vem observando sim que a atividade econômica vem demandando trabalhadores, e isso está permitindo esse crescimento contínuo que a gente está vendo da população ocupada", apontou Beringuy.
A pesquisadora considera que indicadores macroeconômicos, como juros mais baixos, redução na inadimplência e arrefecimento da inflação, ajudam no momento mais favorável para o emprego.
"Esses indicadores se interconectam entre si e refletem na atividade econômica", disse ela.
O País registrou uma abertura de 1,081 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até maio, elevando a população ocupada a um recorde de 101,331 milhões de pessoas. Em um ano, mais 2,931 milhões de trabalhadores encontraram uma ocupação.
Ao mesmo tempo, a população desocupada recuou em 751 mil pessoas em um trimestre, totalizando 7,783 milhões de desempregados no trimestre até maio. Em um ano, 1,162 milhão de pessoas deixaram o desemprego.
No trimestre terminado em maio, as contratações sazonais de profissionais da área de educação impulsionaram a geração de vagas. "Embora a gente esteja falando só da educação, é principalmente a educação fundamental, que é ofertada em todo o País", explicou.