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NORDESTE

Parceria entre Sudene e universidades, Rede Impacta Bioeconomia vai produzir medicamentos

Instituições pretendem buscar bioativos e bioinsumos do Nordeste que possam ser aplicados na área da saúde, com investimento em pesquisa e inovação

Foto: Assessoria Sudene/Divulgação

Com o objetivo de fomentar a bioeconomia do Nordeste, as universidades federais (UFPE) e do Vale do São Francisco (Univasf) lançaram, nesta segunda-feira (29), junto com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a Rede Impacta Bioeconomia.

A nova rede colaborativa prevê a produção de medicamentos a partir da pesquisa e inovação, centrada nos agricultores familiares agroecológicos, da fauna e da flora dos biomas existentes na região - caatinga, mata atlântica e cerrado.

"Essa iniciativa fala para a inovação, a sustentabilidade, o meio ambiente e a nova política industrial brasileira. Nós queremos apoiar a geração de bioeconomia, enxergando o território, a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável do Nordeste", afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

O projeto tem investimento de R$ 553,7 mil da Sudene. Ainda segundo Cabral, a identificação de produtos e cadeias de valor para o aumento da produção e a geração de renda para a população dialoga diretamente com o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE).

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFPE, Pedro Carelli, frisou que a Rede é uma ação estratégica por se propor a uma visão do ciclo completo, desde a pesquisa, atuação nas pequenas comunidades, orientação, geração das cadeias de valor, a pesquisa para geração de produtos a partir da biodiversidade. "Acho que se fala muito na Amazônia, mas a gente também tem que olhar a Caatinga, porque é um bioma muito biodiverso, de uma riqueza enorme", disse.

A estruturação da Rede Impacta Bioeconomia terá início com identificação das organizações socioprodutivas (associações e cooperativas, principalmente) com maior nível de solidez para a realização de estudos com espécies vegetais e animais. Inicialmente, o projeto terá foco na área de influência da Região Integrada de Desenvolvimento Petrolina-Juazeiro e na Mata Atlântica, mas com estratégia de ser articulada para todo o Nordeste.

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