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Parlamentares pedem derrubada de MP que reonera folha de pagamento de 17 setores

Grupo de deputados e senadores reclama de indefinição do governo sobre assunto

Parlamentares pedem derrubada de MP que reonera folha de pagamento de 17 setores Parlamentares pedem derrubada de MP que reonera folha de pagamento de 17 setores  - Foto: Agência Câmara

Deputados e senadores pediram aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a votação da medida provisória (MP) que reonera a folha de pagamento. O objetivo desses parlamentares é que o texto seja votado e derrubado pelo Congresso Nacional.

Parlamentares se queixam do impasse do governo de mandar um novo projeto de lei sobre o tema, como está em negociação. A expectativa é que colocando o projeto ou a MP em votação, a reoneracao seja definitivamente derrubada nos plenários das Casas. Parlamentares ressaltam a importância da desonracao para manutenção e geração de emprego e renda.

— Estamos aqui para pedir que Pacheco e Lira coloquem a MP em votação, uma vez que o governo não apresentou projeto e não retirou a reoneração da MP. Até agora o governo não fez isso. Isso gera insegurança jurídica. Precisamos definir isso de uma vez por todas. Não temos mais como admitir essa instabilidade que vem desde o ano passado. Pedimos a prorrogação dessa medida (a desoneração) que se mostra eficaz e efetiva. O governo se mostrou omisso no debate do ano passado e agora afronta a decisão do Congresso — disse a deputada e relatora da matéria no ano passado, Any Ortiz (Cidadania-RS), em entrevista do

Os pedidos foram feitos em entrevista que reuniu também o Movimento Desonera Brasil, entidade reúne representantes dos 17 setores que empregam mais de 9 milhões de pessoas. Esses segmentos são afetados pela MP elaborada pelo Ministério da Fazenda.

A editada em dezembro, determina o retorno gradual da cobrança de impostos sobre a folha de pagamentos de 17 setores intensivos em mão de obra, que empregam mais de 9 milhões de pessoas.

O texto contraria uma proposta promulgada pelo Congresso, que permitia a empresas desses setores substituir a contribuição previdenciária — de 20% sobre os salários dos empregados — por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e o serviço prestado.

– Não podemos aceitar a volta da oneração antes de 2027, isso já foi decidido. Os parlamentares já discutiram, já votaram duas vezes – disse a presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura (Feninfra), Vivien Suruagy

A medida trata de outros temas: o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e limitação de compensações tributárias.

Ontem, Lira e Pacheco pediram ao Palácio do Planalto uma posição definitiva sobre o que será feito com a medida provisória. O governo avalia revogar o trecho da reoneração da folha e apresentar um projeto de lei com o mesmo teor, mas não sinalizou quando vai enviar o texto ao Congresso.

— Precisamos garantir a prorrogação da desoneração, derrubar essa medida provisória. Vamos trabalhar para que essa MP seja rejeitada — disse a deputada Bia Kicis (PL-DF)

O senador Efraim Filho (União-PB), autor da proposta original de prorrogação, acredita que o governo ainda enviará o projeto de lei que prometeu, mas que a votação da MP será a solução, caso o Executivo demore mais para definir o tema.

— Mas o projeto não pode apenas ser um transplante do que está na MP. Quanto mais se aproximar do que tínhamos apresentado no ano passado, mais chance do projeto ser aceito — disse.

Efraim destacou ainda que a desoneração da folha não pode ser usada como desculpa para o não alcance da meta fiscal de déficit zero.

— Nós entregamos a agenda econômica do governo no ano passado. O projeto é de abril de 2023. Se o governo tivesse pedido mais projetos de compensação naquela época, teríamos tempo de sobra para aprovar. Querer jogar sobre os ombros da desoneração a culpa de não atingir o déficit zero da meta fiscal não é um argumento válido. É hora do pé na porta. Querer arrecadar mais em cima da folha de pagamento? Espera aí. Isso é deixar os empregos mais caros — afirmou.

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