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Brasília

Partido de Bolsonaro já trabalha com 'plano B' para a presidência da CPMI dos Atos Golpistas

Caso o nome do deputado André Fernandes seja judicializado por governistas, Alexandre Ramagem será o escolhido

Alexandre RamagemAlexandre Ramagem - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, já trabalha com uma segunda opção de indicação à presidência da CPMI dos Atos Golpistas, caso o nome do deputado André Fernandes (PL-CE), que é o autor do requerimento, seja judicializado por governistas. Neste caso, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) será o escolhido, confirma o presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto.

Fernandes está entre os investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura os autores políticos e intelectuais por trás dos ataques. Ele divulgou os atos com dois dias de antecedência e ironizou a invasão às sedes dos Três Poderes.

Visto como um "bolsonarista com conhecimento técnico" e bom trânsito entre as diferentes alas do PL - e até mesmo entre os governistas -, Ramagem foi o primeiro parlamentar a encaminhar um pedido para integrar a CPMI ao líder do partido, Altineu Côrtes. Entretanto, a ideia do partido é só mudar os planos de ter Fernandes na presidência da CPMI, caso exista uma ordem judicial para tal. A terceira vaga será do filho "03" de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele venceu a resistência de caciques do partido que apostavam em Nikolas Ferreira (PL-MG).

O filho do ex-presidente chegou a ter o pedido negado pelo líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes. A alta cúpula do partido avaliava que Eduardo Bolsonaro seria "vidraça" para os governistas que tentarão associar os atos do dia 8 ao bolsonarismo. Entretanto, diante de um telefonema feito diretamente pelo ex-presidente, Altineu e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, aceitaram que o deputado integre o grupo.

Caberá a Eduardo bater na tecla de que os valores da família não podem ser confundidos com os dos manifestantes extremistas que invadiram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. Parlamentares de oposição irão creditar os atos de vandalismo à suposta conivência dos governistas e citarão a suposta omissão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, desligado do posto após a veiculação de imagens que o mostraram dialogando com invasores de sedes do poder.

Veja o vídeo: Tropa do GSI descansa e ri durante invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro

No que diz respeito às indicações do Senado, o PL escalou Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES) para a função. Favorito para o time, Carlos Portinho (PL-RJ) está licenciado por questões médicas e ainda não se sabe quando voltará aos trabalhos.

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