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Patria quer levar marcas brasileiras para o reino do petróleo

Pelo menos três das empresas do fundo de investimento estão explorando oportunidades de expansão no país árabe

A Patria Investments quer levar marcas brasileiras para o reino do petróleoA Patria Investments quer levar marcas brasileiras para o reino do petróleo - Foto: Reprodução/X

A Patria Investments, uma das maiores gestoras de ativos alternativos na América Latina, está trabalhando com empresas do seu portfólio para impulsionar investimentos na Arábia Saudita, buscando aprofundar relações com o reino petrolífero.

Pelo menos três das empresas da Patria, incluindo a operadora de clubes de ginástica Smartfit e a fabricante de açaí Frooty, estão explorando oportunidades de expansão para a Arábia Saudita, de acordo com o CEO Alexandre Saigh.
 

A Patria também está analisando a compra de fertilizantes do reino, além do betume que já importa, para um importante projeto de rodovia em que está trabalhando no Brasil com a ajuda do fundo soberano da Arábia Saudita, disse ele.

"Nós vemos a Arábia Saudita como um país para expandir. Um lugar muito interessante com uma população jovem e classe média ascendente — muitas oportunidades", disse Saigh em uma entrevista por telefone de São Paulo."

A colaboração em expansão ocorre enquanto a Arábia Saudita estreita laços com o Brasil como parte do impulso do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para atrair parceiros estrangeiros que possam ajudar a impulsionar suas ambições de diversificar a economia do reino longe do petróleo bruto.

A nação latino-americana pode ser uma parte fundamental da reforma, conhecida como Visão 2030, já que oferece à Arábia Saudita um caminho para aumentar ainda mais a segurança alimentar, expandir sua indústria de metais e estabelecer mais relacionamentos que estejam alinhados com as ambições em energia verde, de acordo com Saigh.

O Brasil e a Arábia Saudita já são os 20 principais parceiros comerciais, com fluxos de quase US$ 7 bilhões em 2023, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Esse total pode chegar a US$ 10 bilhões até 2030, à medida que a Arábia Saudita cresce em setores-chave como turismo e hotelaria, o que pode permitir mais importações do Brasil, de acordo com o Gulf Research Center, uma organização sem fins lucrativos.

Nesta semana, no Rio de Janeiro, um instituto apoiado pelo Fundo de Investimento Público PIF na sigla em inglês) soberano do reino, no valor de US$ 925 bilhões, realizará sua primeira conferência de investimentos com foco na América Latina.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participará juntamente com autoridades sauditas, incluindo o governador do PIF, Yasir Al-Rumayyan, bem como o bilionário Marcelo Claure e os principais executivos das principais empresas brasileiras.

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