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Pausa no Oriente Médio e demanda derrubam preço do petróleo

O barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em dezembro, caiu 0,78%, fechando em 76,58 dólares

O mercado "respira um pouco melhor" com a situação no Oriente Médio, explicou o analistaO mercado "respira um pouco melhor" com a situação no Oriente Médio, explicou o analista - Foto: Pixabay/Reprodução

Os preços do petróleo voltaram a cair nesta quarta-feira (9) em meio a uma pausa no conflito no Oriente Médio e dúvidas sobre a demanda de petróleo, especialmente relacionadas à China.

O barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em dezembro, caiu 0,78%, fechando em 76,58 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado amricano e com vencimento em novembro, recuou 0,45%, para 73,24 dólares.

Segundo Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, essa nova queda nos preços se deve à ausência, até o momento, de uma resposta de Israel ao Irã após o ataque com mísseis, além da decepção do mercado com as medidas de apoio das autoridades chinesas à economia.

O mercado "respira um pouco melhor" com a situação no Oriente Médio, explicou o analista.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nesta quarta por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a estratégia de Israel em relação ao Irã.

Mais tarde, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a resposta de seu país ao ataque iraniano seria "letal, precisa e surpreendente".

As hostilidades no Oriente Médio "não perturbaram as entregas de petróleo", observou José Torres, da Interactive Brokers, em uma nota de análise.

Além disso, o mercado está atento à China. "Duvidamos que qualquer plano de reativação, seja qual for, consiga colocar a China de volta na trajetória de crescimento que teve nos últimos 30 anos", advertiu Carl Weinberg, da High Frequency Economics.

O economista acrescentou que "o restante do mundo terá que resolver seus problemas sozinho", sem contar com a China.

Outro fator em foco é o furacão Milton, que se aproxima da Flórida com ventos de 215 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).

Patrick De Haan, do site especializado GasBuddy, apontou que cerca de 24% dos postos de gasolina na Flórida enfrentavam escassez de combustível. Segundo Andy Lipow, o furacão "reduzirá a demanda" por produtos refinados nesse estado.

O mercado também reagiu ao relatório de estoques comerciais de petróleo nos Estados Unidos. As reservas aumentaram mais do que o previsto na semana passada, segundo dados divulgados nesta quarta pela Agência de Informação sobre Energia (EIA), por uma queda na atividade das refinarias.

Na semana encerrada em 4 de outubro, os estoques comerciais americanos subiram 5,8 milhões de barris (mb), mais que o triplo da previsão dos analistas (1,6 mb), de acordo com a agência Bloomberg. Essa publicação impactou imediatamente o preço do WTI.

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