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AGROPECUÁRIA

Pecuária deve ser decisiva para alta do PIB do Agro no 4º trimestre, avalia Gabriela Faria

Antes da divulgação do resultado do terceiro trimestre de 2024, a consultoria previa crescimento de 1% para o PIB do Agro de outubro a dezembro

O desempenho da pecuária no quarto trimestre de 2024 deverá ser fator determinante para a confirmação da perspectiva de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no período.O desempenho da pecuária no quarto trimestre de 2024 deverá ser fator determinante para a confirmação da perspectiva de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no período. - Foto: CNA/ Wenderson Araujo/Trilux

O desempenho da pecuária no quarto trimestre de 2024 deverá ser fator determinante para a confirmação da perspectiva de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no período, avaliou, ao Broadcast Agro, a analista da Tendências Consultoria Gabriela Faria. Ela pondera que o ritmo de crescimento da atividade é menor do que o do primeiro semestre mas, ainda assim, deve permitir a expansão do PIB do Agro.

"O quarto trimestre é bem influenciado pela pecuária, já que as principais safras terminam antes. A pecuária bovina deve crescer em relação ao ano passado, mas em um ritmo mais lento do que no início de 2024", disse a analista da Tendências.

Antes da divulgação do resultado do terceiro trimestre de 2024, nesta terça-feira, a consultoria previa crescimento de 1% para o PIB do Agro de outubro a dezembro. Já no ano, a estimativa era de queda de 2,1%. Os números agora podem ser revisados, explicou Faria.

"Como o resultado do terceiro trimestre foi menos negativo do que esperávamos, pode haver uma leve revisão para cima no PIB Agro de 2024. Para o quarto trimestre, prevíamos alta de 1%, número que também podemos revisar. Esse resultado deve ser influenciado pela pecuária bovina, embora venha crescendo em ritmo mais lento, e pelos impactos das queimadas na cana-de-açúcar", disse.

A queda de 0,8% no PIB Agro no terceiro trimestre foi um desempenho melhor do que a queda de 1,9% projetada pela Tendências Consultoria. "Ainda assim, o resultado ficou dentro do intervalo de confiança das nossas projeções", ponderou a analista.

Faria destacou que o desempenho do milho e da cana-de-açúcar influenciou diretamente o resultado. "A cana-de-açúcar foi bastante afetada pelas queimadas, enquanto o milho também pressionou o setor para baixo. Em compensação, o algodão teve um desempenho positivo, puxando o resultado para cima no trimestre", explicou.

No caso da pecuária, apesar de números positivos em comparação com o ano anterior, houve desaceleração no ritmo de crescimento em relação ao primeiro semestre. "A pesquisa trimestral de abates do IBGE mostrou crescimentos nos abates de bovinos, suínos e frangos, mas o ritmo foi mais lento do que o observado no início de 2024", afirmou a especialista.
 

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