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Trabalho

Pedidos de seguro-desemprego encostam em 5 milhões no ano, mas desaceleram

O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa

Carteira de TrabalhoCarteira de Trabalho - Foto: Divulgação

O número de requerimentos de seguro-desemprego entre janeiro e agosto deste ano atingiu 4,99 milhões. O saldo é 7,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2019, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira (10). Os dados, no entanto, apontam para um processo de desaceleração. Em agosto, foram 463,8 mil pedidos, resultado 18,7% menor do que julho e 18,2% abaixo do registrado no mesmo mês de 2019.

As solicitações do benefício, pago a pessoas que perderam o emprego, começaram a subir em março, após o início das medidas de isolamento social e fechamento do comércio nas cidades por conta do coronavírus. O pico dos pedidos foi observado em maio. Depois o dado desacelerou. A partir de julho, os requerimentos começaram a apresentar volume menor do que o registrado nos mesmos meses do ano passado.

O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. A pessoa demitida tem quatro meses de prazo para requerer o auxílio no Sine, no portal "gov.br" ou no aplicativo de celular "Carteira de Trabalho Digital".

No recorte por área da economia, o setor de serviços foi responsável por 43,2% dos pedidos de seguro-desemprego em agosto. Em seguida, aparecem comércio (26,4%), indústria (14,7%) e construção (9,7%). Agropecuária representa 4,8% do total.

Membros do governo afirmam que a medida colocada em vigor em abril que permite corte de jornadas e salários surtiuefeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria muito maior. O programa autoriza empresas a fazerem acordos com seus funcionários para suspender temporariamente contratos ou reduzir jornadas e salários. Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para os trabalhadores atingidos.

Até o momento, o governo afirma que aproximadamente 9,7 milhões de trabalhadores tiveram contratos suspensos ou jornadas e salários reduzidos.

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