Pedro Guimarães vira réu por denúncias de assédio na Caixa
Ex-presidente da instituição foi acusado por funcionárias
O ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães virou réu por denúncias de assédio contra funcionárias do banco. O caso tramita na Justiça Federal de Brasília, sob sigilo. A investigação foi aberta após diversas servidoras apresentarem acusações.
Em nota, o advogado de Guimarães, José Luis Oliveira, afirmou que a defesa "nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição". De acordo com o texto, "Pedro Guimarães confia na Justiça".
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Os termos da denúncia não foram divulgados, mas o crime de importunação sexual ("praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso") tem pena de um a cinco anos de reclusão. Já o crime de assédio sexual ("constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual") tem pena de um a dois anos de detenção (que pode ser cumprida em regime semiaberto).
Guimarães deixou a presidência da Caixa em junho do ano passado, um dia após o site "Metrópoles" publicar o relato de cinco funcionárias do banco. Elas contaram ter sido vítimas de comportamentos inapropriados, como convites, frases constrangedoras e toques em partes do corpo delas. Depois, outras denúncias também surgiram.
Além da investigação na Justiça Federal, Guimarães também já foi denunciado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão pediu que ele pague pague R$ 30,5 milhões pelos danos causados às mulheres que o acusam.