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Economia

Pernambucanos têm baixa intenção de compra na Páscoa deste ano, aponta pesquisa

Para os consumidores que optam por comprar, o gasto médio pode chegar até R$ 100

Bacalhau é pescado  típico da PáscoaBacalhau é pescado típico da Páscoa - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A Páscoa está chegando e, com ela, as compras no comércio são aguardadas. No entanto apenas 46,9% dos pernambucanos pretendem comemorar a festividade. Para os consumidores que optam por comprar, o gasto médio pode chegar até R$ 100. A pesquisa é realizada pelo Instituto Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae-PE.

O estudo é inédito e não tem como comparar, ainda, com anos anteriores. Porém o percentual referente à Páscoa é inferior à intenção verificada nas datas anteriores, como Fim de Ano, Black Friday e Dias das Crianças, quando a intenção de comemoração ainda conseguiu ultrapassar os 50%.

O tipo de produto mais apontado para consumo na Páscoa foi o ovo de Páscoa artesanal/caseiro (21,8%), seguido da caixa de chocolate (21,3%), da barra de chocolate industrializada (18,3%) e dos ovos de Páscoa industrializados.

O tradicional consumo de vinho e das outras bebidas alcoólicas durante a festividade alcançou 7,9%. O valor médio de gasto será de R$ 50 a R$ 100.
 

Para os entrevistados que não pretendem comemorar a Páscoa em 2021, o motivo mais apontado voltou a ser a adesão ao isolamento social, com 28,8% das respostas.

“Esse dado reflete o aumento do comportamento mais conservador das famílias em relação ao nível de exposição e o risco de infecção da Covid-19. As outras duas razões para não comemoração mais apontadas refletem a crise econômica desdobrada do momento de pandemia, com a falta de dinheiro e o elevado preço dos produtos ganhando citação relevante pelas pessoas participantes da pesquisa”, explica o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos.

Para o economista, a baixa intenção já era esperada. “Ela é puxada pelo fim do auxílio emergencial, que injetou mais de R$ 16 bilhões de reais na economia pernambucana no ano passado, com a piora no desemprego, a escalada inflacionária, a lentidão do retorno do projeto de proteção de emprego e renda e com o retorno das restrições mais duras para a contenção do número de infecção da atual pandemia”, detalha.

Ainda segundo Ramos, o cenário atual deve ser crucial para que o desempenho do comércio seja negativo ou muito modesto nos três primeiros meses do ano, além de desincentivar o consumo em datas importantes para o calendário de compras das famílias pernambucanas, como a Páscoa.

Tradição
Tradicional e mais apontada, a comemoração em casa é a intenção de 74% dos entrevistados que não vão deixar a Páscoa passar em branco nesse ano.

Em seguida, os presentes para amigos e parentes e as compras pessoais foram apontados como forma de comemoração por 12,9% e 9,8%, respectivamente. Por fim, 3,4% dos pernambucanos escolheram as viagens e as idas a restaurantes e bares como comemoração.

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