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Energia solar

Pernambuco firma Parceria Público-Privada para autoprodução de energia solar pela Compesa

A PPP estima a criação de 700 empregos diretos e a redução de 18 mil toneladas de Gás Carbono (CO2) emitidos por ano

Governador Paulo Câmara assina contrato para PPP de autoprodução de energia da CompesaGovernador Paulo Câmara assina contrato para PPP de autoprodução de energia da Compesa - Foto: Marconi Meireles/Folha de Pernambuco

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinou, nesta segunda-feira (18), em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, o contrato da Parceria Público-Privada (PPP) de Autoprodução de Energia da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).

Inédita entre as empresas de saneamento do Brasil, a iniciativa prevê a implantação de duas usinas solares em Pernambuco com capacidade de 135 MW, uma no município de Flores, no Sertão do Estado, e outra em São Caetano, no Agreste.
 
As usinas serão utilizadas pela Compesa para produzir energia solar e abastecer unidades da companhia nas duas cidades.

Segundo o Governo do Estado, a PPP conta com investimentos na ordem dos R$ 450 milhões e implicará na criação de 700 empregos diretos e na redução de 18 mil toneladas de Gás Carbono (CO2) emitidos por ano para a atmosfera.

Durante a vigência do contrato, previsto para durar 29 anos, a estimativa é de que o Estado economize R$ 1,1 bilhão.

“Esse novo contrato vai ao encontro de tudo aquilo que a gente entende como possível e necessário para Pernambuco nesse momento. São investimentos importantes para a geração de emprego e renda e, ao mesmo tempo, investimentos que vão garantir sustentabilidade para o nosso Estado. Está em consonância com a proteção do meio ambiente, com as boas técnicas e com a vocação da região Nordeste para a produção de energia solar”, comentou Câmara.

O governador destacou, ainda, que o gasto com energia representa o maior custo da companhia de saneamento e as novas usinas permitirão a redução desses valores em 30%.

“[A parceria] busca também melhorar a eficiência da Compesa, onde o seu maior custo, que é o da energia, vai ter agora uma condição de redução a partir da entrada no mercado livre, mas também da criação dessas usinas solares para o abastecimento e ao mesmo tempo para a produção de energia à empresa. Nós estamos iniciando realmente uma parceria importante e fundamental e dando passos para que outras ações como essa ocorram”, destacou.

Com a parceria, as empresas privadas responsáveis pela construção se comprometem a entregar as duas usinas no prazo de quatro anos.

“São dois municípios em que vão ser implantadas as usinas solares. Das 400 estações que a gente tem, 63 receberão energia solar. E isso significa 30% de economia de energia, energia de alta tensão”, explicou a diretora-presidente da Compesa, Manuela Marinho. “São quatro anos de instalação e vinte e cinco anos de operação da usina”, completou.
 
Segundo a presidente, a longo prazo, os benefícios da iniciativa também serão repassados para a população pernambucana.

“A partir do momento que a gente deixa de emitir gás carbônico, que a gente está dando à população uma água fruto de uma energia limpa, de uma energia sustentável, e também a gente diminui os custos operacionais, e diminuindo o custo eu posso investir para melhorar, fazer mais investimentos para a população, ou diminuir o repasse do de um possível aumento que precisasse ter”, frisou.

Também participaram do evento de assinatura do contrato da PPP os secretários estaduais Fernandha Batista (Infraestrutura e Recursos Hídricos), Alexandre Rebelo (Planejamento e Gestão), Fernando Jucá (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Inamara Melo (Meio Ambiente e Sustentabilidade); o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Roberto Abreu; o Gerente Geral da PPP da Eletron Energia, João Henrique Silva; o presidente da Kroma Energia, Rodrigo Melo; a presidente da Amupe, Ana Célia Farias; e os prefeitos Marconi Santana (Flores) e Josafá Almeida (São Caetano), além de conselheiros da Compesa.

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