Pernambuco lança Atlas para mapear energias eólica e solar
Governo do Estado destacou a necessidade de ampliar as potências de energia em Pernambuco
Pernambuco mapeou seu potencial de energia eólica e solar através de um atlas lançado nessa quarta-feira (29). O material, disponível para o público, aponta as áreas de maior capacidade do Estado para geração das fontes renováveis e os dados técnicos para atrair investidores do setor. Com 100 GW (Gigawatt) de potencial de energia eólica e uma capacidade de 1.200 GW de energia solar, Pernambuco se mostra como um potencial de fonte alternativa e se propõe a utilizar o Atlas Eólico e Solar como uma sustentabilidade para a região.
As condições climáticas do Estado mostram a potencialidade forte de geração solar, com o Sertão como a grande área propícia, principalmente na região do Araripe. Já a energia eólica tem a sua maior potência no Agreste pernambucano. “O atlas é uma oportunidade de conhecer o potencial energético do Estado. A grande vantagem é que a região junta as condições climáticas de potencial de energia com as conexões das redes de transmissão”, explica o secretário Executivo de Energia, Luiz Cardoso Ayres Filho.
Do total de potencial de energia eólica do Estado, Pernambuco explora 700 (Megawatts). Esse número equivale a 16% da energia gerada e 28% da energia consumida. “O que temos hoje é muito pequeno em relação ao potencial, mas estamos avançando. Hoje, quase 20% das energias produzidas em Pernambuco são energias limpas e vamos continuar com esse olhar para atrair investidores”, ressaltou o governador Paulo Câmara, em anúncio feito no Palácio do Governo Federal. O Estado conta com 119 usinas geradoras de energia elétrica, com cerca de 4.097 MW de potência instalada, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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A geração híbrida também é um modelo a ser explorada: o complemento das energias solar e eólica. “Na região da costa litorânea, os ventos são constantes, e no Sertão os ventos são fortes durante a noite e praticamente de dia não tem vento. Essa complementação com a energia que vem do sol faz com que o Estado tenha uma energia de base muito forte. Talvez, Pernambuco seja o Estado do País que tenha mais adequação à implantação de usinas híbridas”, destacou Ayres Filho. Para o governador, o primeiro parque híbrido do Brasil, em Tacaratu, no Sertão do Itaparica, representa um desenvolvimento relevante no Brasil para o setor.
Mesmo com a redução dos leilões de energia renováveis por parte do Governo Federal, Ayres Filho considera que isso representa uma arrumação do setor elétrico brasileiro. “Houve um incremento de usinas térmicas muito forte, uma oferta de energia muito forte, e não teve o crescimento do consumo que estava sendo esperado. Então, o que houve não foi uma suspensão, talvez um pequeno retardamento. Na hora que o país retomar o crescimento, está pronto para esse crescimento”, apontou o secretário, acrescentando que em dezembro haverá grandes leilões da Aneel, com muitas usinas eólicas e solares a serem leiloadas.