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Investimentos

Pernambuco recebe R$ 340 milhões em investimentos por meio do Prodepe e Proind

A medida beneficiará 59 empreendimentos que devem ampliar ou implantar operações no Estado

 Anúncio de novos investimentos do Prodepe e do Proind na Adepe. Anúncio de novos investimentos do Prodepe e do Proind na Adepe.  - Foto: Arthur Botelho/ Folha de Pernambuco

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta quarta-feira (2), a chegada de R$ 340 milhões em novos investimentos por meio dos programas de incentivos fiscais Prodepe (Programa de Desenvolvimento de Pernambuco) e Proind (Programa de Estímulo à Indústria).

A medida beneficiará 59 empreendimentos que devem ampliar ou implantar operações no Estado, gerando 871 empregos.

O anúncio foi feito durante a 130ª reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), realizada na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe).

A maioria dos investimentos será direcionada ao interior, com a criação de 683 postos de trabalho, enquanto a Região Metropolitana do Recife (RMR) terá mais 188 vagas.

Crescimento 
Os incentivos fiscais do Prodepe e do Proind têm sido um dos principais instrumentos do Governo para atrair investimentos.

Em 2024, o Estado anunciou investimentos de R$ 18 bilhões em novos empreendimentos. Desse valor, R$ 1 bilhão veio diretamente dos incentivos fiscais. O Governo pretende expandir o uso desses programas para atrair ainda mais empresas.

Pernambuco encerrou 2024 com crescimento econômico de 4,9%, acima da média nacional de 3,5% e o maior dos últimos 15 anos.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, esse resultado é fruto de um ciclo de investimentos estruturantes.

“Houve uma retomada histórica de investimentos em infraestrutura, abrangendo estradas, infraestrutura energética, portos, e também um processo de construção de um regramento fiscal mais justo. Realizamos um amplo processo de regularização fiscal, permitindo que muitas empresas recuperassem sua capacidade de investir”, explicou o secretário.

Projetos 
Entre os 59 projetos aprovados, 40 são do setor industrial, somando R$ 339,9 milhões. Desses, 16 estão na RMR e 24 no interior.

Entre os principais investimentos, destacam-se as empresas Arcelormittal, com R$ 31,8 milhões para implantação em Petrolina; Tramo Equipamentos, com R$ 3,5 milhões para ampliação em Recife; e Acumuladores Moura, com R$ 1,2 milhão para ampliação em Belo Jardim. 

Outros projetos aprovados incluem Ativa Mineração (R$ 186,3 milhões em Escada), Distribuidora Brasileira de Asfalto (R$ 18 milhões em Escada) e Eucatex Nordeste (R$ 11,3 milhões no Cabo de Santo Agostinho).

Além do setor industrial, nove projetos de importação também receberam incentivos fiscais. As importações anuais previstas somam R$ 124,6 milhões, com recolhimento estimado de R$ 14,8 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

Entre as empresas beneficiadas estão Zanlorenzi Bebidas, Repenorte Comércio de Peças e Mottu Store.

Já as centrais de distribuição aprovadas devem movimentar R$ 168,2 milhões em compras e transferências anuais. Entre os destaques estão o Aço Nobre (Recife), Cedisa (Cabo de Santo Agostinho) e Drogaria Drogavista (Caruaru).

Interior 
A maioria dos investimentos anunciados será destinada ao interior do Estado, reforçando a estratégia do Governo de descentralizar o crescimento econômico.

“A governadora tem um compromisso muito grande com o interior de Pernambuco. A ideia é que a gente esteja cada vez mais presente levando projetos industriais e desenvolvimento para cidades como Caruaru, Petrolina, Bonito e Bezerros”, disse Cavalcanti.

O secretário ressaltou que a estratégia passa por investimentos em infraestrutura. 

“Duplicar a BR-232, investir no fornecimento de energia elétrica e água, capacitar mão de obra, renovar aeródromos e aeroportos do interior. Ou seja, habilitar a infraestrutura para que os negócios possam fluir e acontecer”.

Monitoramento 
O diretor-executivo de Incentivos Fiscais e Finanças da Adepe, Bruno Lira, explicou o prazo de aplicação dos investimentos anunciados. 

“Geralmente, esses projetos têm um período de maturação para que as empresas comecem a instalação. Pela legislação, elas têm até um ano para iniciar a implantação e até três anos para concluir todo o projeto. Então, creio que nos próximos meses já veremos um avanço razoável na implantação dessas empresas”, disse.

Lira também destacou o trabalho da Adepe no monitoramento dos projetos. 

“Temos uma equipe técnica que analisa os projetos e outra que faz o acompanhamento. Inclusive, estamos com uma equipe em Garanhuns realizando visitas técnicas para identificar quais empresas já se instalaram, quantos investimentos foram aplicados e quantos empregos foram gerados. Tudo isso é monitorado de perto para podermos avaliar, de fato, o impacto do programa”.

A reunião do Condic desta quarta-feira foi a primeira do ano e deve ser seguida por novos anúncios ao longo de 2025.

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