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Pernambuco registra crescimento no número de endividados pelo terceiro mês consecutivo

Ao contrário do cenário nacional, Pernambuco registrou um aumento no número de endividados no mês de novembro

Dívida aumenta entre pernambucanosDívida aumenta entre pernambucanos - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, no mês de novembro, Pernambuco seguiu em alta no número endividados pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 77,4% de famílias, ante a 76,1% registrado no mês de outubro, ao contrário do cenário nacional, que apresentou queda de 0,5% e apontou que 66% dos consumidores estão endividados. Em Pernambuco, o cartão de crédito continua sendo o maior causador de dívidas, atingindo 93,7% dos casos. 

De acordo com o Economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, é necessário que o consumidor não comprometa o orçamento com as dívidas. “Dívida é normal, principalmente para uma classe de renda que temos em Pernambuco, que é baixa, a gente só tem que ter cuidado se essa dívida vai comprometer o orçamento ou não. Quando olhamos a pesquisa da Fecomércio, houve um crescimento do endividamento, mas o número de pessoas com contas em atraso ou inadimplentes houve quedas consecutivas, pontuou Rafael. 

Ainda de acordo com o economista Rafael Gomes, endividado e inadimplente são termos com significados distintos. “Endividado é aquela pessoa que financiou algum tipo de consumo, que compra algo no valor de 20 reais e coloca em duas vezes, acarretando em uma dívida futura. Inadimplente são aquelas pessoas que não pagam mais a dívida. Se ela comprou ou consumiu esses 20 reais, chegou esses dois meses e ela não pagou, provavelmente ela vai entrar em situação de inadimplência”, explica Rafael.  

Alguns fatores contribuíram para o crescimento do nível de endividamento no Estado, como a Black Friday, data comemorativa que é a quinta mais importante em termo de faturamento para o Varejo, que elevou o consumo e consequentemente o endividamento no mês de novembro. Outro fator perceptível foi a redução do auxílio emergencial em 50%, aumentando a restrição orçamentária das famílias e incentivando o consumo financiado via crédito.

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