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Investimento

Pernambuco tem cerca de R$ 300 milhões em fase de contratação na Finep para pesquisa e inovação

Desde 2023, instituição já liberou R$ 323,4 milhões para diversos projetos no Estado

Hospital do Câncer (HCP) no Recife, que recebeu parte do montante de investimentos liberado para Pernambuco. Hospital do Câncer (HCP) no Recife, que recebeu parte do montante de investimentos liberado para Pernambuco.  - Foto: Luana Luz/HCP

Dados da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) mostram que Pernambuco tem cerca de R$ 300 milhões em fase de contratação para pesquisa, desenvolvimento e inovação nos diversos instrumentos disponibilizados pela instituição. Isso confirma que o Estado manterá, em 2025, o mesmo ritmo na liberação de recursos que vem apresentando desde 2023. Durante o período, a Finep já liberou um total de R$ 323,4 milhões para mais de 30 projetos pernambucanos, somando recursos não reembolsáveis,
subvenção e financiamento.

Em 2024 foram liberados R$ 193,7 milhões para Pernambuco, valor 174% superior ao que foi desembolsado no período anterior: R$ 70,5 milhões. Este ano, de janeiro a março, as liberações alcançaram R$ 59,1 milhões. Nesse montante estão incluídos, por exemplo, os R$ 13,2 milhões anunciados no Recife para o Hospital do Câncer, no dia 21 de março, pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. O projeto aprovado pelo HCP, que é uma instituição científica e tecnológica (ICT), foi para criação do
Centro Integrado de Pesquisa Clínica e Translacional em Oncologia.

Projetos 

Outros projetos de destaque apoiados no Estado são a implantação do Núcleo de Empreendedorismo e Residência Profissional Tecnológica do Porto Digital (R$ 13,7 milhões, R$ 7,3 milhões já liberados); e o Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (Simaclin) da Universidade Federal de Pernambuco, com valor de R$ 9,9 milhões, dos quais R$ 2 milhões já liberados.

R$ 4,8 milhões também foram desembolsados para a ampliação e modernização do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). O apoio não reembolsável ocorre principalmente no fortalecimento da infraestrutura de PD&I com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

“Sem dúvida, mudamos de patamar no volume de projetos apoiados em Pernambuco. Estamos animados porque, depois de alguns anos de desmonte, a Finep voltou a ser protagonista no apoio à inovação no Brasil”, afirma o diretor financeiro, de crédito e captação da Finep, Márcio Stefanni. “O FNDCT estava prestes a acabar no governo anterior, mas o presidente Lula, compreendendo a importância da ciência, da tecnologia e da inovação para o desenvolvimento do Brasil, recompôs a integridade do fundo e há dois anos ele opera com força total”, completa o executivo.


Crédito

Outro braço importante de atuação da Finep é o financiamento. Dos R$ 323,4 milhões liberados para Pernambuco desde 2023, 42% foram em operações de crédito. Stefanni explica que a competitividade dos financiamentos aumentou depois da Lei 14.554/2023, que substituiu a TJLP pela TR para indexação das operações. Ou seja, ficou melhor e mais barato tomar dinheiro emprestado da Finep. A mudança resultou da atuação do próprio presidente Lula, da ministra Luciana Santos e do presidente da Finep, Celso Pansera, junto ao governo e ao Congresso Nacional.

“Hoje temos recursos para emprestar a um custo adequado e fazemos isso com muita responsabilidade. O faturamento em 2024 foi recorde, de R$ 2 bilhões, e registramos o maior lucro líquido da história, R$ 815 milhões, com apenas 0,11% de taxa de inadimplência, a menor de todos os tempos”, comemora Márcio Stefanni.

Segundo ele, mais de 80% dos contratos de financiamento são celebrados com micro, pequenas e médias
empresas. A Finep conta com instituições cadastradas para operar o crédito de forma descentralizada em 24 das 27 unidades da federação. Para 2025, a expectativa é a de que sejam disponibilizados R$ 20 bilhões em todo o País, recursos da Finep e do FNDCT, considerando todas as modalidades: financiamento,
subvenção econômica, convênio de CT&I e aporte em fundos de investimento.

“Isso se traduz em mais competitividade, soberania tecnológica e desenvolvimento social para o Brasil e em mais qualidade de vida para os brasileiros”, finaliza Stefanni.

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