Pernambuco teve o quarto melhor mês de fevereiro nas exportações de derivados de petróleo
No período de referência, os resultados só foram melhores em 2022, 2017 e 2012
A exportação de derivados de Petróleo caiu em Pernambuco no mês de fevereiro 39%, mas ainda foi o quarto melhor resultado da história para este mês de referência desde 1997. O resultado foi menor, se comparado ao mesmo período de 2022. Porém, os números deste mês só foram inferiores aos conquistados nos de fevereiro de 2022, 2017 e 2012. Ao todo, as exportações nesta área chegaram a R$ 873,2 milhões. As importações, por outro lado, se apresentaram estáveis, com cerca de cerca de R$ 2,6 bilhões. O segundo lugar no maior ranking de exportação é de açúcar.
No acumulado do ano, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) fechou em R$ 7,5 bilhões, um saldo que ainda está negativo comparado ao do ano passado.
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Segundo o presidente do Comitê de Internacionalização do Sistema LIDE-PE, Maurício Laranjeira, a queda na exportação de derivados de petróleo pernambucana se deve ao menor volume de comercialização para Singapura, que é o hub de abastecimentos de navios. Apesar disso, com relação aos principais destinos das vendas pernambucanas do mês de fevereiro de 2023, Singapura figurou na liderança mais uma vez, com a pauta de óleo combustível e de nafta. O país pagou mais de R$ 343,2 milhões ao Estado.
Singapura é uma das nações mais ricas do mundo e a que mais compra óleo combustível pernambucano. Este país fica localizado na maior ilha de um arquipélago ao Sul da península da Malásia, um pouco maior que o Vaticano. Maurício fez a avaliação com base nos dados da Ray Consulting.
“A queda na exportação de óleo para Singapura fez com que o resultado final tivesse uma queda significativa, mas o país continua liderando a compra do nosso produto. A importação ficou estável. Temos perspectivas positivas de ter uma exportação mais forte do que a do ano passado. O Estado está mais propício a fazer negócios com outros países”, acrescentou.
Indagado se a autonomia do Porto de Suape, conquistada no ano passado, ajudava de alguma forma nas exportações, Maurício Laranjeiras afirmou que sim, mas com uma ressalva. “A autonomia pode ajudar se trouxer custos portuários mais competitivos, oriundos da possibilidade do porto de negociar seus contratos. Se tiver, ajuda bastante”.
RANKING
No Brasil, Pernambuco alcança a posição de 14º estado exportador, e o 11º em importação. Os países que mais compram dos pernambucanos são Singapura, Argentina e Mauritânia. No tocante à região Nordeste, Pernambuco figura como o 3º estado em exportações e importações, atrás da Bahia e do Maranhão.