Logo Folha de Pernambuco
Receita Federal

Perse encerra em abril após atingir limite de R$ 15 bilhões em renúncia fiscal, diz Receita Federal

Ato foi publicado no Diário Oficial da União; norma prevê fim do programa após teto de incentivos

Setor de bares e restaurante será afetadoSetor de bares e restaurante será afetado - Foto: Pixabay

A Receita Federal oficializou nesta segunda-feira que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) atingiu o teto de R$ 15 bilhões em gastos.

De acordo com publicação no Diário Oficial da União (DOU), a partir de abril deste ano, empresas do setor de eventos, turismo e alimentação voltarão a pagar impostos que estavam suspensos.

Ato publicado no DOU aponta que o limite máximo de benefícios fiscais concedidos pelo programa já foi atingido.

Procurado, o Ministério da Fazenda não se manifestou.

O Perse foi criado pelo governo em 2021 para ajudar empresas que foram fortemente prejudicadas pela pandemia de Covid-19.

Durante os períodos de isolamento social, muitos negócios do setor de eventos, turismo e alimentação tiveram grandes perdas financeiras.

Para apoiar a recuperação dessas empresas o governo concedeu isenção de impostos federais, como:

PIS e Cofins (impostos sobre faturamento);

Imposto de Renda e CSLL (impostos sobre o lucro das empresas).

O benefício deveria durar até março de 2027, mas, no ano passado, o governo estabeleceu um limite máximo de R$ 15 bilhões para essa isenção fiscal.

Agora, em 2025, esse limite foi atingido, e a Receita Federal decidiu encerrar o programa antes do previsto.

No dia 12 de março deste ano, o Congresso Nacional realizou uma audiência pública para avaliar os impactos do Perse.

Durante a reunião, foi confirmado que o teto de R$ 15 bilhões havia sido atingido. Como resultado, a Receita publicou o Ato Declaratório Executivo RFB nº 2, tornando oficial a decisão de encerrar o programa.

Quem será impactado pelo fim do Perse?
O fim da isenção de impostos afeta diretamente empresas do setor de:

Eventos: organizadores de shows, congressos, festas, feiras e casamentos;

Turismo: hotéis, pousadas, agências de viagens e serviços relacionados;

Alimentação: bares, restaurantes e empresas que atuam em eventos.

Para essas empresas, o impacto será um aumento nos custos, já que precisão voltar a pagar tributos que estavam suspensos pelo Perse.

Veja também

Newsletter